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O líder religioso, Sheikh Hassan Khaliloo, historiou a saga iraniana e do comandante da Revolução Iraniana, o Imã Rukhola Khomeini, para libertar o país – dos mais ricos do mundo em petróleo – do domínio norte-americano exercido pela ditadura do Xá Reza Pahlevi que mantinha o povo na miséria
Nesta segunda-feira, dia 10, quando se completaram 46 anos da Revolução Iraniana formos honrados com a visita do líder iraniano, Sheikh Hassan Khaliloo, que fez um relato sobre a luta de libertação nacional, contra o domínio imperialista norte-americano, exercido por intermédio da ditadura do Xá Reza Pahlevi e sua temida polícia secreta a SAVAK.
Naquele período, o líder que buscava unir todo o povo, Rukhola Khomeini, chegou a ser preso e depois deportado do Irã, tendo se exilado primeiro na Turquia e depois na França.
“As riquezas nacionais, principalmente o petróleo iraniano eram revertidas para enriquecer as grandes ‘irmãs’ que dominavam o setor mundialmente”, disse o Sheikh.
“Os preços altos dos alimentos, o desemprego, o atraso em termos econômicos assolavam os lares iranianos. Naqueles anos de opressão, os cachorros americanos tinham mais valor do que os seres iranianos em sua própria terra”.
“Do exílio, as palavras de esperança e de confiança em um futuro próspero cimentaram a unidade do povo iraniano que foi canalizando a sua revolta em manifestações gigantescas, que não paravam ainda que a repressão abrisse fogo sobre os manifestantes, a ditadura de Paulevi caiu, tendo como preço a perda de mais de 200 mil vidas na luta pela libertação nacional”, prosseguiu.
O Sheikh também ressaltou “o apoio firme e solidário do governo iraniano ao povo palestino que luta por sua libertação do devastador domínio colonialista imposto pelo sionismo o que se agravou muito neste último ano e meio e nos preocupa diante das ameaças de ruptura do cessar-fogo por Netanyahu, apoiado pelas declarações de Trump de ‘tomar Gaza’ e até de ‘gestar um inferno’ sobre a população local”.
Ele prosseguiu relatando que “o general Qassam Suleimani, foi um combatente destacado na luta solidária para expulsar os terroristas financiados pela Casa Branca contra a Síria. Uma trajetória heróica de enfrentamento com os desumanos do ISIS. O general foi fundamental no fortalecimento da Resistência Palestina e, por suas brilhantes ações militares e humanas, atraiu o ódio do império americano e foi martirizado por míssil atirado por drone dos Estados Unidos, em Bagdá, a caminho do aeroporto, quando fazia uma visita solidária ao Iraque”.
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O editor geral do jornal Hora do Povo, Clovis Monteiro, agradeceu a visita do Sheikh Khaliloo destacando que “a determinação de garantir a independência do Irã, a partir de sua Revolução de libertação nacional, de caráter anti-imperialista, hoje aliada a outras forças como a resistência da Rússia à agressão da Otan, como o avanço independente e planificado da China, são exemplos que nos estimulam em nosso luta por um Brasil cujo desenvolvimento só pode ser pleno com o nosso país também livre da presença imperialista em nossa economia”.
“Trabalhamos com nosso jornal de forma solidária ao povo do Irã e repudiamos as sanções impostas pelos diversos governos dos Estados Unidos”, acrescentou Clovis.
O Sheikh Hassan Khaliloo concluiu sua visita presenteando o jornal com o livro “Cela 14” com as memórias de luta do braço direito do libertador Imam Rukhola Khomeini, o aiatolá Sayed Ali Khamenei, que sucedeu Khomeini na direção do Irã.
IRÃ CELEBRA O 46º ANIVERSÁRIO DE SUA VITÓRIA SOBRE A DITADURA SUBMISSA A WASHINGTON
A celebração nacional contou com manifestações em 1.400 cidades e 38.000 vilarejos
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O Irã celebra nesta segunda-feira, 10 de fevereiro, seu 46ª aniversário da Revolução Islâmica de 1979. Milhões de pessoas saíram às ruas pelo país para celebrar a revolução que derrubou o ditador marionete dos EUA, Mohammad Reza Pahlevi.
As comemorações se estenderam por mais de 1400 cidades iranianas e 38.000 vilarejos.
Em Teerã, a concentração foi na Praça Azadi, sob o frio intenso, para celebrar a queda da ditadura, segurando bandeiras e faixas, eles se reuniram para assistir as demonstrações militares e ver as réplicas de mísseis e drones das forças armadas iranianas.
Manifestantes tiraram fotos com atores vestidos de Trump e Netanyahu atrás das grades.
Apoiadores também carregavam imagens do líder supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei e do falecido general Qassem Suleimani, covardemente assassinado por míssil atirado por drone americano em 2020.
“Sei que há muitos problemas econômicos no país, mas estou aqui para dizer que apoiaremos nosso país, independentemente das ameaças de Trump e dos israelenses”, disse o professor Mohsen Amini, 48.
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, em seu discurso repudiou a arrogância de Trump:
“Trump diz: ‘vamos conversar’. Mas logo depois disso, ele assina e revela todos os esquemas possíveis destinados a minar essa revolução,” disse. “Eles espalharam a propaganda de que o país tem sido fraco. Somos fortes.”
“Nunca nos submeteremos a potências estrangeiras,” completou. O presidente iraniano também declarou que o Irã responde com “uma guerra econômica total” às sanções contra o país que conquistou sua verdadeira independência.
A Revolução, liderada pelo Aiatolá Ruhollah Khomeini, derrubou a ditadura brutal de Reza Pahlavi, apoiada pelos americanos. Uma vez liberado o país do tacão norte-americano, a luta entrou em novo estágio pois a libertação trouxe como consequência a ruptura de relações com os EUA, “o que não levou o Irã a se submeter, mas a manter seu rumo de crescimento soberano, apoiado na firmeza e determinação do seu povo”, como afirmou o Sheikh Hassan Khaliloo, em visita ao HP neste 10 de fevereiro.
O Irã, atualmente, está sofrendo economicamente com as sanções dos EUA e com o retorno de Donald Trump à Casa Branca e sua política imperialista de fazer “pressão máxima” contra o país, na tentativa de de voltar a subjugá-lo, inclusive tratando o país com ameaças, a exemplo da declaração de Trump de que “prefere negociar com o Irã a bombardeá-lo.