![](https://horadopovo.com.br/wp-content/uploads/2025/02/Sintaema_Sabesp-SIntaema.jpg)
O Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema) vai entrar com uma ação no Ministério Público de São Paulo (MP/SP) denunciando negligência da Sabesp na manutenção do complexo ESI (Elevatória Santa Inês), o que coloca em risco o abastecimento de água da maior capital da América Latina.
De acordo com o sindicato, o descaso no conserto de uma das bombas do complexo ESI, responsável por bombear água para a unidade da Sabesp Guaraú, coloca a cidade “em risco de apagão de água”.
A Sabesp, que era considerada exemplo de gestão pública, foi privatizada pelo governador Tarcísio de Freitas em 2024 e, desde então, o Sintaema vem denunciando inúmeros casos de piora nos serviços, como erros na medição e cobrança de taxas incorretas, além de falhas no abastecimento, principalmente nos bairros populares e de população mais vulnerável.
Segundo o sindicato, a bomba do complexo ESI está quebrada desde 27 de janeiro, “sem qualquer previsão de conserto”.
O Sintaema explica que o complexo opera com quatro bombas, sendo que três ficam em funcionamento contínuo e uma passa por manutenção preventiva, em rodízio entre as bombas para garantir que não haja falhas no sistema. “Com a inoperância de uma das bombas e a negligência da Sabesp, as três bombas restantes estão sobrecarregadas, operando sem descanso e em estado de superaquecimento”, afirma.
Conforme a entidade, a situação se agrava ainda mais porque “a bomba quebrada foi deixada em um local inadequado, bloqueando a ventilação e intensificando o superaquecimento das outras bombas”.
O sindicato denuncia que “mesmo ciente desse risco, a Sabesp não tomou nenhuma medida para solucionar o problema, expondo tanto os trabalhadores quanto a população a uma possível crise de abastecimento”.
“Água é um direito universal, e a falta de investimento na manutenção dos equipamentos não pode comprometer o acesso da população a esse serviço”, diz a entidade.