![](https://horadopovo.com.br/wp-content/uploads/2025/02/Brics-divulgacao.jpg)
Os países membros do BRICS afirmaram, em nota, que a “ascensão do extremismo” e as taxas impostas de forma unilateral “ameaçam a estabilidade global e aprofundam as desigualdades”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem ameaçado outros países com aumentos nas taxas de importação. Ele já ameaçou com uma taxação de 100% todos os produtos vindos de países do BRICS, mas não efetivou a medida.
“O recurso insensato ao unilateralismo e a ascensão do extremismo em várias partes do mundo ameaçam a estabilidade global e aprofundam as desigualdades que penalizam as populações mais vulneráveis em diferentes partes do planeta”, diz o comunicado do grupo.
O BRICS aponta o “contexto de tensões geopolíticas que se aprofundam e que desafiam a frágil ordem multilateral internacional vigente”.
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem destacado o potencial do BRICS como espaço para construção das soluções de que o mundo tanto precisa. Mais do que nunca, a capacidade coletiva de negociar e superar conflitos por meio da diplomacia se mostra crucial”, continua o comunicado.
A principal preocupação de Donald Trump é com o abandono do dólar em função do uso de moedas locais. Em 2022, a Rússia e a Índia, que são membros do BRICS, passaram a usar somente o rublo e a rúpia para comércio entre os dois.
O governo Lula falou, na quinta-feira (13), que o Brasil, enquanto presidente do BRICS, “dará continuidade aos esforços de cooperação para desenvolver instrumentos de pagamento locais que facilitem o comércio e o investimento, aproveitando sistemas de pagamento mais acessíveis, transparentes, seguros e inclusivos entre os membros do BRICS”.
Hoje, o grupo é composto por: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes, Etiópia, Indonésia e Irã.
Donald Trump também anunciou que vai taxar em 25% toda a importação de aço e alumínio, afetando diretamente o Brasil. O presidente Lula afirmou que se os EUA taxarem “o aço brasileiro, nós vamos reagir comercialmente ou vamos denunciar a Organização [Mundial] do Comércio [OMC] ou vamos taxar os produtos que a gente importa deles”.
“Se tiver alguma atitude com o Brasil, haverá reciprocidade. Não tem dúvida, haverá reciprocidade do Brasil em qualquer atitude que tiver contra o Brasil”, continuou.