O candidato do MDB ao governo do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, começou a campanha eleitoral com apenas 2% das das intenções de voto para vencer o primeiro turno com 634.008 votos. Seu adversário no segundo turno é atual governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que ficou em segundo lugar com 210.510 votos. Para Ibaneis, esta virada aconteceu por causa das suas propostas para “tirar o DF do imobilismo”. O candidato do MDB deixou para trás pesos pesados da política do DF, superconhecidos, como Rogério Rosso (PSD), Eliana Pedrosa (Pros), General Paulo Chagas (PRP) e Alberto Fraga (DEM).
Nessa entrevista exclusiva ao HP, o candidato emedebista enfatiza que seu objetivo é “pôr a cidade para funcionar, recuperar os equipamentos públicos, incentivar a criação de emprego e renda, com ajuda de toda a sociedade organizada”.
PEDRO BIANCO
Hora do Povo – O senhor conseguiu sair de um patamar de 2% das intenções de voto para chegar ao segundo turno bem votado. A quais aspectos de sua campanha atribui esse crescimento?
Ibaneis – A principal estratégia foi vencer o desconhecimento. A sociedade queria um candidato novo, mas com experiência administrativa, que apresentasse uma nova proposta para o Distrito Federal. Nós começamos a apresentar projetos que possam tirar o DF do imobilismo. O fato de não ser político profissional, de não precisar da política para viver, também veio como complemento para levar nossa mensagem. O crescimento foi natural, a população quer um governo diferente.
HP – Para o segundo turno o apoio à sua candidatura cresceu ainda mais. Quais são as perspectivas de governo com esse amplo apoio político e popular?
Ibaneis – Se eu for eleito quero honrar cada voto que tive. Tenho perfeita noção da responsabilidade que uma eleição representa, mas me sinto preparado e motivado para trabalhar muito pelos próximos quatro anos. Quero pôr a cidade para funcionar, recuperar os equipamentos públicos, incentivar a criação de emprego e renda, com ajuda de toda a sociedade organizada.
HP – As pesquisas registram não só uma enorme diferença nas intenções de voto entre a sua candidatura e a de seu adversário, Rodrigo Rollemberg, mas também na rejeição. O que explica isso?
Ibaneis – O fato de não ser politico profissional ajuda, mas as propostas realistas, factíveis e que podem resolver os maiores problemas da população me parecem o ingrediente principal. Há também o desejo de mudança, uma mudança com qualidade e experiência.