O general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, uma das figuras de proa da campanha de Jair Bolsonaro (PSL), e cotado para compor seu Ministério da Defesa em caso de vitória no segundo turno, recebia ilegalmente um salário de R$ 59 mil no Comitê Olímpico do Brasil (COB) até o ano passado, sendo que 80% deste valor (R$ 47 mil) era pago com recursos públicos.
O comitê, presidido por Carlos Arthur Nuzman, contratou Heleno em agosto de 2011 como diretor de comunicação, cultural e do Instituto Olímpico. Nuzmann deixou o cargo por acusação de corrupção em 2017. Ele foi preso preventivamente no dia 5 de outubro por integrar um esquema de propina para representantes de países africanos do Comitê Olímpico Internacional na escolha do Rio como sede da Olimpíada de 2016.
Segundo a legislação brasileira, o teto constitucional para funcionários públicos é de R$ 33,9 mil, salário dos ministros do Supremo Federal Tribunal, e é usado como referência para vencimentos bancados com verba pública. O general afirma que seu salário era legal e pago por entidade privada. Pela Lei 9.615/1998, entidades privadas que recebem dinheiro público têm que pagar salários até o valor de 70% do teto constitucional do poder executivo. Como o teto era de R$ 33,9 mil em 2017, o limite seria de R$ 23 mil.
O COB é financiado em sua maior parte por dinheiro público. São recursos da Lei Agnelo/Piva que lhe garante um repasse de 1,7% das loterias federais. Apesar de receber dinheiro público, o comitê escondia os valores dos salários de seus diretores. Em 2015, o COB foi obrigado a publicar os valores dos salários de seus dirigentes que tinham teto máximo de R$ 37 mil, valor que era recebido por Heleno e estava acima do teto do STF.
A denúncia contra Nuzmann narra o pagamento de US$ 2 milhões pelo empresário Arthur Soares, o Rei Arthur, a Lamine Diack, membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) pelo Senegal. Nuzman e seu braço direito no Comitê Organizador, Leonardo Gryner, teriam orquestrado os repasses. Ambos foram investigados na Operação Unfair Play – Segundo Tempo, deflagrada como um desdobramento da Unfair Play, que investiga a compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica de 2016. Os dois foram presos. O general Heleno ficou no COB até a prisão de Nuzman em 2017.
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