
“Derrotado nas urnas, apesar das barbaridades que cometeu na campanha, Bolsonaro repetiu hoje [domingo] que nunca aceitou o resultado das eleições”
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que os novos ataques de Jair Bolsonaro e aliados à Justiça brasileira “reforçaram o acerto do Judiciário em processar os comandantes da tentativa de golpe de 8 de janeiro”.
A ministra disse que Bolsonaro continua se fazendo de vítima e “segue apelando para uma intervenção estrangeira no Judiciário e na política do Brasil, renegando a própria Pátria”.
Gleisi mencionou que “a maioria do povo brasileiro não apoia a anistia e os repetidos ataques a ministros do STF e ao presidente da Câmara, no palanque da extrema-direita em São Paulo, reforçam o acerto do Judiciário em processar os comandantes da tentativa de golpe de 8 de janeiro”.
Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada no domingo mostra que 56% dos brasileiros são a favor que os envolvidos no ataque de 8 de janeiro continuem presos e cumpram sua pena.
No domingo (6), em um ato na Avenida Paulista, Jair Bolsonaro voltou a atacar o Supremo Tribunal Federal (STF) e disse ter “esperança de que venha alguma coisa de fora para cá”.
Gleisi Hoffmann comentou que, “mesmo no banco dos réus, seguem mentindo, ofendendo e ameaçando o Estado Democrático de Direito, que pretendia abolir para manter o réu Jair Bolsonaro na disputa pelo poder”.
“Derrotado nas urnas, apesar das barbaridades que cometeu na campanha, Bolsonaro repetiu hoje que nunca aceitou o resultado das eleições e ainda quer se fazer de vítima. E segue apelando para uma intervenção estrangeira no Judiciário e na política do Brasil, renegando a própria Pátria”, enfatizou a ministra.
“Na boca dos golpistas, a palavra anistia se reduz a uma farsa, um projeto de lei que visa à impunidade de réus que nem foram julgados ainda. Querem apagar os fatos que aterrorizaram o país, mas não são capazes de esconder a violência e o ódio que continuam guiando ações”, continua.
Gleisi Hoffmann avalia que o grupo golpista não vai parar de atacar a democracia enquanto seus membros “não forem responsabilizados, no devido processo legal, pelos crimes que cometeram contra o país e a democracia. O Brasil quer paz e justiça”.
Bolsonaro virou réu, com voto de todos os ministros da Primeira Turma do Supremo, e vai responder pelos crimes que cometeu enquanto liderava uma tentativa de golpe para manter-se no poder e instalar uma ditadura.