A Polícia Federal instaurou um inquérito, na terça-feira (23), para investigar a publicação na internet de um vídeo com ofensas à ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. A investigação foi aberta a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
No vídeo, o coronel da reserva do Exército, Carlos Alves, afirma que, se o TSE aceitar ação contra o candidato do PSL à presidência, Jair Bolsonaro, irá sofrer as consequências. “Se aceitarem essa denúncia ridícula e derrubarem Bolsonaro por crime eleitoral, nós vamos aí derrubar vocês aí, sim”, diz. O autor do vídeo também se refere à ministra Rosa Weber como “salafrária e corrupta”.
A PGR solicitou à PF que, além de fazer a identificação do autor do vídeo e ouvir o depoimento dele, apure se houve crimes de calúnia, difamação, injúria e ameaça. Segundo Dodge, a peça “contém graves ofensas à honra da ministra Rosa Weber, imputando-lhe tanto fatos definidos, em tese, quanto conduta criminosa, além de difamar-lhe a reputação, mediante imputação de fatos extremamente ofensivos”.
“Neste grave contexto de ofensa às Instituições democráticas e a seus integrantes, notadamente ao Supremo Tribunal Federal e ao Tribunal Superior Eleitoral, também vislumbro a caracterização, em tese, do crime de ameaça aos Ministros dessas Cortes, principalmente à Ministra Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, além de outras pessoas referidas no citado vídeo”, escreveu a procuradora.
O decano do STF, ministro Celso de Mello, prestou solidariedade a Rosa Weber e aos ministros Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Luiz Fux, que também foram citados no vídeo de 29 minutos. Na abertura da sessão da Segunda Turma, na terça (23), ele afirmou que seus pares foram alvo de “ataques imundos e sórdidos”. Ver aqui
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