“Não à anistia aos golpistas!”, defende presidente do PSDB da capital paulista
O presidente do PSDB na cidade de São Paulo e ex-senador, José Aníbal, lembrou que “os fundadores” do partido “foram perseguidos e cassados pela ditadura” e chamou os deputados da legenda que apoiaram o pedido de urgência para o Projeto de Lei que dá impunidade aos golpistas a retirarem suas assinaturas.
Para não discutir e votar a proposta em comissões, os bolsonaristas querem que o projeto para os golpistas tramite em regime de urgência. Para isso, colheram as 262 assinaturas, cinco a mais do número necessário.
Dos 13 deputados federais do PSDB, cinco assinaram o pedido de urgência.
José Aníbal pediu aos parlamentares do PSDB e “de partidos comprometidos com a democracia, que assinaram o projeto de anistia aos golpistas que atentaram contra a Constituição e as instituições democráticas, que retirem suas assinaturas”.
“Os fundadores do PSDB foram perseguidos e cassados pela ditadura. Para nós, democracia é um valor absoluto. No dizer de Ulisses Guimarães, traidor da Constituição é traidor da pátria! Não à anistia aos golpistas!”, completou o presidente municipal do PSDB de São Paulo e ex-presidente nacional do partido.
O PL da impunidade aos golpistas, cujo texto ainda não foi definido, pode livrar das punições tanto os golpistas que participaram dos atos de 8 de janeiro de 2023, quanto os que planejaram golpe com uso das Forças Armadas e assassinatos de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, como Bolsonaro e seus cúmplices.
O PSDB foi fundado em 1988 por lideranças que haviam lutado, principalmente através do antigo MDB, contra a ditadura militar.
O próprio José Aníbal, que agora pede aos parlamentares do PSDB que não apoiem a medida de apoio aos golpistas, entrou na política através do combate à ditadura.
A partir do AI-5, que inaugurou, em 1968, um período mais duro de perseguições políticas, Aníbal teve que sair de Belo Horizonte, onde morava, e fugir para o Rio de Janeiro. Mais tarde, teve que deixar o Brasil para viver no Chile e, posteriormente, no Panamá.
