
O Ministério Público Eleitoral de São Paulo (MPE-SP) denunciou Pablo Marçal (PRTB) por difamação eleitoral contra Tabata Amaral (PSB) durante a disputa pela Prefeitura de São Paulo, em 2024.
Pablo Marçal disse, em um podcast, que Tabata Amaral abandonou o próprio pai no leito de morte para ir estudar nos Estados Unidos.
“Eu também tive um pai que foi alcoólatra, mas a família ajudou ele e ele deixou o alcoolismo. O pai dela, ela foi para Harvard e o pai dela acabou morrendo. Igual imagino o que ela pode fazer com o povo de São Paulo”, disse Marçal.
Na avaliação do Ministério Público, Pablo Marçal teve o objetivo de abalar a aprovação de Tabata Amaral “perante o eleitorado paulistano, angariando, em seu favor, votos que poderiam ser a ela destinados”.
O treinador “ofendeu a honra objetiva de Tabata, com o indisfarçável propósito de convencer um número indeterminado de pessoas de que ela não preza nem pelo próprio pai, razão pela qual, se eleita Prefeita, não iria zelar pela população de São Paulo”, escreveu o promotor Cleber Rogério Masson.
A denúncia também aponta que o programa no qual Marçal atacou Tabata teve “ampla repercussão”, com mais de 85 mil visualizações, somadas às “divulgações incontáveis na imprensa e nas redes sociais”.
Segundo a defesa de Marçal, “não houve dolo” ou “ofensa pessoal” contra Tabata no episódio. Os advogados lembram, porém, que Marçal admitiu que “passou do limite” com a então candidatura.
Ainda durante as eleições, Pablo Marçal acusou Guilherme Boulos (PSol) de organizar uma cobrança de R$ 700 para famílias pobres que moram em ocupações. Por isso, foi condenado a pagar R$ 30 mil de indenização.
Pablo Marçal foi condenado pela Justiça Eleitoral de São Paulo e tornou-se inelegível por 8 anos por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2024. Ele prometeu enviar vídeos de apoio aos candidatos nas eleições municipais que transferissem dinheiro para a campanha dele.