O Homeland ainda não tem qualquer pista de onde estão vindo os artefatos com explosivos enviados para a mansão do megaespeculador e financiador democrata, George Soros; para as residências dos Clintons – o ex-presidente Bill e a ex-senadora Hillary -, e de Barack Obama; para a sede da CNN em Nova Iorque ( conhecida em alguns círculos como Clinton News Network) e para um ex-chefe da CIA, John Brennan. As ameaças estão levando a polícia a reforçar a vigilância no país inteiro.
Conforme as agências de notícia, trata-se pequenos tubos negros, tampados nas extremidades e com cabos e material explosivo no interior. Mas os secretas já começaram a agir e, conforme o agente especial encarregado do caso, Mason Brayman, “demos início a uma investigação penal”. Ele prometeu utilizar “todos os recursos em nível federal, estadual e municipal para “identificar os responsáveis”.
“Não há lugar para a violência política nos EUA”, reagiu o presidente Donald Trump, aproveitando uma recepção, por sua esposa Melania, a um grupo de afetados pela crise dos opioides. A Casa Branca, através da porta-voz Sarah Sanders, já havia condenado os ataques, chamando-os de “atos terroristas desprezíveis”. Para o vice, Mike Pence, trata-se de “atos covardes”.
Também receberam artefatos com explosivos a congressista Maxime Waters e o ex-secretário de Justiça de Obama, Eric Holden, o da jurisprudência do “nenhum banqueiro ladrão preso”. Com exceção de dois destinatários, os artefatos foram enviados pelo correio, tendo como suposta remetente a ex-presidente do Diretório Nacional Democrata, Debbie Wasserman Schultz, que ficou conhecida por ter garfado na Convenção a Bernie Sanders, para favorecer Hillary. Como o endereço de Holden estava errado, o artefato acabou “voltando” para ela, na Flórida.
Até então, apenas as declarações mirabolantes dos candidatos e as fake news vinham causando alvoroço, mas agora há os misteriosos artefatos-bomba. Nenhum explodiu até aqui, mas a ameaça tumultuou a campanha eleitoral em curso, as eleições intermediárias, que vão ocorrer no dia 5 de novembro, das quais vários setores asseveram que serão um “referendo” sobre o governo Trump. “Vivemos momentos turbulentos”, declarou Hillary, dizendo que como pessoa “me encontro bem”, mas como norte-americana “estou preocupada”. Em uma coletiva de imprensa, o prefeito do Nova Iorque, Bill de Blasio, classificou o envio dos petardos como “um ato de terror dirigido a minar nossas liberdades”;
Não se sabe como esse tipo de ameaça – ou provocação – irá interferir no ânimo dos eleitores. Não chega a ser incomum, nos EUA, o envio de cartas-bomba, cartas-anthrax e outros expedientes, como visto no período que antecedeu a criação de um clima de histeria para a guerra do Iraque.
Para a Homeland, a situação está sob controle, com os pacotes tendo sido “identificados imediatamente durante os procedimentos rotineiros de supervisão do correio de potenciais artefatos explosivos e foram tratados adequadamente como tal”. Com a maior concentração de serviços secretos do planeta em operação, o risco é alguém atrapalhar outro alguém na inditosa faina.