O segurança do ex-juiz candidato ao governo do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), apontou uma arma em direção aos simpatizantes do ex-prefeito e candidato ao governo Eduardo Paes (DEM). O ocorrido foi registrado antes do debate entre os candidatos promovido pelo SBT na última terça-feira (23).
Witzel, ao chegar na emissora, ameaçou não participar do debate, pois afirmou que sua van foi cercada por apoiadores de Eduardo Paes, que cantavam e gritavam. Um de seus seguranças chegou a apontar uma arma para os apoiadores de Paes, aumentando a confusão.
Segundo ele, a presença de apoiadores do adversário o deixou desestabilizado.
Por fim, acabou entrando no prédio da emissora protegido por um cordão de seguranças.
Durante o debate, o ex-juiz fez referência ao episódio e disse que os apoiadores de Paes tentaram impedir que ele entrasse na emissora de televisão.
Paes respondeu que o caso faz parte do jogo político e que não tem nada de anormal. “Aliás, quando se governa, é muito normal que as pessoas te abordem na rua, te contestem”, afirmou o ex-prefeito.
Os candidatos trocaram acusações no encontro. Eduardo Paes associou o nome de Witzel com o atual prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB) e sugeriu que, assim como Crivella, Witzel é incapacitado e uma incógnita para os eleitores: “Deu no que deu”, afirma Paes.
IBOPE
Witzel chegou ao segundo turno em primeiro lugar, após arrancada surpresa, com 41,28% dos votos válidos, frente a 19,58% do ex-prefeito. A ascensão do ex-juiz, no entanto, foi freada após as revelações de suas ligações com o advogado do traficante “Nem da Rocinha”, Luiz Carlos Azenha, que já havia sido preso pela Polícia Federal ao ajudar Nem em sua fuga do cerco à comunidade.
Pesquisa Ibope da terça-feira indicou que a diferença entre as intenções de voto de Witzel e Paes diminuiu oito pontos nem relação aos levantamentos anteriores – o ex-juiz conta com 56%, frente a 44% do ex-prefeito.
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