O papa Francisco referiu-se à ascensão de Hitler ao criticar nesta terça-feira aqueles que “vivem semeando o ódio e a divisão” e lembrou que assim se chegou à ditadura nazista.
Francisco defendeu ainda que os jovens de hoje deveriam aprender sobre a história dos conflitos mundiais ocorridos no século 20 para que não caiam no mesmo erro e saibam como ideias totalitárias se espalham” e lembrou como o nazismo começou com “Hitler no século passado, prometendo o desenvolvimento da Alemanha, após um governo que fracassara”.
Analisando o mundo atual, o Papa disse: “olhem para os locais dos conflitos. Falta de humanidade, agressão, ódio entre culturas e também uma deformação da religião, este é o caminho do suicídio, semear ódio”.
O pontífice deu as declarações em encontro com jovens e idosos realizado em Roma para a apresentação do livro Francisco, a Sabedoria do tempo, em diálogo com o papa Francisco sobre as grandes questões da vida.
O papa já advertira antes sobre o perigo de, em tempos de crise, as pessoas buscarem um salvador que defenda seu povo com muros de “outros povos que possam tirar sua identidade”. Ele também alertou para o perigo de um conflito mundial e disse que “semear ódio, violência e divisões é um caminho de destruição e suicídio”.
O Papa também pediu tolerância com refugiados, ressaltando que o acolhimento de migrantes é um mandamento bíblico e que a Europa foi feita de migrantes.
“Eu sou filho de um migrante que foi à Argentina”, disse, após uma senhora que ensina italiano a imigrantes manifestar preocupação com o ódio a refugiados.