
As centrais sindicais Força Sindical, CSB, CTB, UGT, Nova Central, Pública e a CUT, que particiou como convidada, realizaram o ato do 1º de Maio, Dia do Trabalhador, nesta quinta-feira, reunindo trabalhadores e dirigentes de diversas categorias no Campo de Bagatelle, na Zona Norte de São Paulo. Sem a presença do presidente Lula, o governo foi representado pelos ministros Márcio Macedo (ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência), Cida Gonçalves (mulher) e Luiz Marinho (Trabalho).
Durante o ato político, os presidentes das centrais ressaltaram as pautas eleitas como prioritárias do movimento sindical, como o fim da escala 6×1, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a valorização do salário mínimo.

A mudança da política econômica, com a redução dos juros, também foi pauta durante o evento. Para Adilson Araújo, presidente da CTB, “estamos nesse 1º de Maio num país que já se encontra na condição de estar entre as 10 maiores economias do mundo. O presidente Lula segue ambicionado de promover medidas efetivas para melhorar a vida da gente”, mas, ressalta, “a gente segue patrocinando a maior taxa de juros no planeta”. “Eu pergunto, alguém aqui elegeu presidente do Banco Central? Está muito claro que ninguém votou no presidente do Banco Central”, apontou.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, afirmou que “é com muita satisfação que voltamos a fazer o 1º de Maio nesse mesmo local. Passamos pela pandemia, passamos por uma crise econômica, passamos uma tentativa de golpe, mas conseguimos resistir, fruto da unidade dos trabalhadores e do movimento sindical. Mas temos muitos desafios pela frente ainda, muitas coisas a conquistar”, disse, destacando alguns avanços dos últimos anos, como “a lei de igualdade salarial entre homens e mulheres, a retomada e a ampliação da Bolsa Família, que tinha parado, recuperação da participação dos conselhos da República, correção da tabela do Imposto de Renda, reforma tributária e medidas para reduzir o endividamento com o consignado”.
Ricardo Patah, presidente da UGT, falou que “o Brasil está indo bem, crescendo, menor índice de desemprego, mas ainda tem muita gente morrendo de fome, muita gente desalentada. E é para essas pessoas que esse de 1º de Maio tem o significado da inclusão social, da solidariedade, de um Brasil cidadão”, afirmou.
Em sua saudação, o ministro Márcio Macedo afirmou que o governo assumiu as pautas apresentadas pelas centrais no início do governo, e o “Brasil está caminhando para pleno emprego com geração de renda para a nossa gente”.
Questionado sobre as fraudes no INSS, o ministro também respondeu: “Quem teve que ir para a cadeia, foi. Quem tinha que ser afastado, foi afastado. Quem tinha que ser demitido, foi demitido. O processo vai continuar. Quem tiver que culpa no cartório, que vai pagar pela sua culpa. O presidente Lula determinou que fosse investigado e punido quem tiver algum tipo de envolvimento. E disse, vocês ouviram, está na imprensa, o dinheiro que foi desviado dos aposentados vai ser devolvido para os aposentados”, ressaltou.
No Rio de Janeiro, as centrais e entidades sociais também se manifestam na Cinelândia. Presente no ato, a Federação das Mulheres Fluminenses (FMF), representada pela presidente Elza Serra, pela diretora Conceição Cassano, denunciou a política econômica do governo, exigindo “menos juros e mais comida no prato”.
