
Bandeira amarela entra em vigor com a taxa extra pesando no bolso dos brasileiros
A partir desta quinta-feira (1º), a conta de energia elétrica ficará mais cara em todo o país com a aplicação do regime tarifário de bandeira amarela. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o acréscimo nas contas será de R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
A taxa extra vai impactar diretamente o custo de vida da população, contribuindo para a alta da inflação — que já está pressionada por aumentos nos preços dos alimentos e dos preços administrados.
Em nota divulgada no dia 25 de abril, a Aneel justificou o acionamento da bandeira amarela citando as previsões climáticas desfavoráveis: “Em razão da transição do período chuvoso para o período seco do ano. As previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios para os próximos meses ficaram abaixo da média”. Ou seja, a decisão antecipa a cobrança baseada em previsões – enquanto chove na maior parte do país.
O regime de bandeiras tarifárias existe desde 2015 para “poupar” as operadoras privadas de terem prejuízos diante do aumento de custo de geração de energia. O sistema repassa à população os custos do acionamento das usinas termelétricas, por exemplo, quando a falta de chuvas ou períodos de secas reduzem os reservatórios para produção de energia hidrelétrica – mais barata e limpa.
Quando a bandeira está verde, como ocorreu nos últimos quatro meses (de dezembro de 2024 até abril de 2025), não há cobrança extra. Já a bandeira amarela é acionada quando as condições estão “moderadamente desfavoráveis”. A bandeira tarifária vermelha é acionada, segundo a Aneel, em condições severas de escassez hídrica e pode ser patamar 1, com acréscimo de R$ 4,465 por 100 kWh, ou patamar 2, quando há acréscimo de R$ 7,877 por 100 kWh.