
O presidente Lula informou que deu carta branca para o novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, fazer as modificações que considerar necessárias no órgão.
Waller foi nomeado para o cargo nesta quarta (30), após o antecessor, Alessandro Stefanutto, ser demitido em razão de fraudes no INSS investigadas pela PF. Além da mudança, será discutida a forma de devolução dos descontos, que ainda não tem data para ocorrer.
O Planalto está convencido de que há décadas o INSS é terreno fértil para fraudes e que é preciso remodelar a autarquia para que ela se torne confiável. Assessores presidenciais dão como certa a reformulação da autarquia e troca de seus diretores.
Nesta sexta-feira (2 de maio), o novo presidente e integrantes da AGU e CGU, advocacia e controladoria geral da União, respectivamente, terão a primeira reunião para traçar o plano de ressarcimento dos pensionistas que foram alvo de fraude e tiveram descontos no contracheque sem autorização.
O novo presidente do INSS recebeu algumas missões prioritárias, determinadas pelo presidente Lula. A primeira é organizar a restituição dos valores descontados de aposentados e pensionistas, trabalho a ser concluído nos próximos meses. A segunda é reestruturar o órgão, com um pente-fino em todos os setores. Outra tarefa do novo presidente será zerar a fila de pedidos de benefícios – o que todos os governos tentam sem sucesso.
Gilberto Waller Júnior terá uma reunião nesta sexta-feira (2) com o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, para começar a definir como será feito o ressarcimento dos aposentados e pensionistas que foram vítimas do esquema bilionário de fraudes.
O governo não quis estabelecer ainda um prazo para realizar as devoluções. Além dos representantes da AGU e do INSS, também devem participar do encontro servidores da Dataprev, empresa de Tecnologia e Informações da Previdência.
A reunião ocorre após determinação do presidente Lula, que anunciou, em pronunciamento em rede nacional na última quarta-feira (30), que iria garantir o ressarcimento pelas associações à população afetada. “Determinei à Advocacia-Geral da União que as associações que praticaram cobranças ilegais sejam processadas e obrigadas a ressarcir as pessoas que foram lesadas”, disse o presidente, na ocasião.