
Para a entidade de máquinas e equipamentos, decisão do BC “torna a política monetária extremamente restritiva”
A Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) manifestou em nota, após a decisão do Comitê de Política Econômica (Copom) de elevar, mais uma vez, a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto percentual, para 14,75% ao ano, o maior patamar desde julho de 2006. Esta foi a sexta elevação consecutiva dos juros pelo Banco Central, numa decisão unânime.
“O Copom aumentou a taxa Selic para 14,75% ao ano, tornando a política monetária extremamente restritiva e no seu comunicado manteve a indicação de novos ajustes, o que resultará em custos financeiros em nível alarmante, num momento em que já se percebem indícios de moderada desaceleração na economia”, afirma a entidade em nota.
“O país vem, há anos, registrando investimentos em níveis inferiores à média mundial excluindo a China, inferiores ao dos países da América Latina e inferiores ao de países com estágio de desenvolvimento semelhante ao do Brasil e é isso que explica o baixo índice de ociosidade da economia, ou o hiato positivo citado no comunicado do Copom, tornar a política monetária mais contracionista só tende a piorar este quadro”, alerta a Abimaq.