
Ben Cohen, co-fundador de uma empresa de sorvetes, Ben & Jerry’s, foi preso nesta quarta-feira, 14, por protestar contra o genocídio de palestinos em Gaza durante uma audiência do Senado americano
O empresário já vem denunciando o massacre perpetrado por Netanyahu em Gaza há algum tempo e desde 2021 suspendera vendas em aldeias de colonos judeus construídas sobre terras asslatadas a palestinos nos territórios ocupados desde 1967.
Ben Cohen estava denunciando aos brados o apoio incondicional que os EUA dá Israel e o genocídio que as tropas de ocupação estão cometendo contra a população palestina em Gaza usando bombas norte-americanas.
“Não posso me chamar de americano e não colocar meu corpo em risco. Para mim, nossa destruição e massacre de famílias que vivem em Gaza financiados pelo governo é um ataque à justiça, à decência comum e ao que eu pensava ser o jeito americano,” disse Cohen.
Durante a audiência do Senado, o secretário de Saúde e Serviços Humanos, Robert F. Kennedy Jr, estava dando depoimento para o comitê do setor, Cohen junto a outros manifestantes, gritaram em protesto “O Congresso paga por bombas!”.
Ele foi preso pela segurança do Senado acusado de obstrução. “O Congresso mata crianças pobres em Gaza comprando bombas e paga por isso expulsando crianças do Medicaid nos EUA,” bradou Cohen.
“O Congresso e os senadores precisam fazer tudo para aliviar o cerco, eles precisam deixar a comida entrar em Gaza. Eles precisam deixar comida para crianças famintas,” continuou.
O governo de apartheid de Israel está fazendo um bloqueio a Gaza, proibindo qualquer alimento, medicamento e combustível de entrar enquanto imagens e vídeos do horror provocado pelas bombas e cerco saem constantemente de Gaza, com imagens cada vez mais comparáveis ao que os nazistas fizeram contra os judeus em campos de concentração.
Israel é réu na ‘Corte Internacional de Justiça’ por crimes contra a humanidade, evidências de seus crimes estão se acumulando enquanto conduzem a limpeza étnica contra o povo palestino que vive em Gaza e na Cisjordânia, até os próprios soldados de Israel postam constantemente nas redes sociais seus crimes de guerra, orgulhosos das atrocidades que cometem e muitas vezes fazendo zombaria do sofrimento das vítimas.
Em novembro do ano passado, o ‘Tribunal Penal Internacional’ emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por cometerem crimes contra a humanidade e crimes de guerra.
As forças de Israel já mataram mais de 53.000 pessoas, mais de 118.000 estão feridos com vários graus de mutilações e queimaduras, Gaza é o lugar com o maior número de crianças desmembradas graças aos bombardeios israelenses, mais de 14.000 pessoas estão desaparecidas.