
O exército israelense está planejando uma invasão aniquliadora à segunda maior cidade de Gaza, Khan Younis. Emite folhetos ameaçadores para a expulsão em massa de palestinos que continuaram a se abrigar nas ruínas do que restou da cidade. Outras áreas, Bani Suhaila e Abasan, ao sul da faixa de Gaza, civis palestinos também sofrem deslocamento forçado.
“Um ataque sem precedentes”, é o que é esperado do exército de Israel. O porta-voz das forças de Israel, Avichay Adraee, comunicou pelas redes sociais que Khan Younis agora é uma “zona de combate perigosa”.
“As FDI lançarão um ataque sem precedentes para destruir as capacidades das organizações terroristas nesta área,” disse o porta-voz, com o surrado bordão de chamar tanto civis mulheres, crianças e idosos e militantes da Resistência Palestina, de ‘terroristas’, quando Netanyahu e sua gangue no poder tornaram as forças de ocupação e extermínio israelenses na maior falange terrorista de todo o Planeta, em pleno exercício de genocídio. “Para sua segurança, evacue imediatamente”, advertem.
De acordo com o Monitor Euro-Med, um crescente número de refugiados, mais de 300.000 pessoas, foram expulsos de Khan Younis, entre 12 e 18 de maio e o êxodo forçado prossegue aos olhos do Mundo.
Não há mais um lugar seguro em Gaza que Israel não tenha destruído.
As forças israelenses estão empurrando civis palestinos para o que chamam de “áreas humanitárias”. Constantemente a relatos das forças israelenses bombardeando acampamentos de refugiados, instruindo a população civil palestina a procurarem abrigo para depois alvejá-los, usando munição incendiária contra tendas de desalojados com famílias inteiras dentro, exatamente nas áreas para onde forçaram o deslocamento.
A arenosa zona de al-Mawasi, para onde a população civil foi obrigada a ir, fica ao sul de Gaza e mesmo com a designação pelo exército de Israel como “zona humanitária” já foi atacada várias vezes. Milhares de famílias de palestinos estão atravancadas naquela região.
“Não temos nem comida para o almoço, não temos transporte, não temos nada… não temos ideia para onde iremos,” disse Omar al-Rega ao site de notícias ‘Middle East Eye’. Ele perdeu sua casa para os bombardeios israelense. Ele tem uma esposa e três filhos e desde então eles fogem a pé, sendo deslocados várias vezes pelos ataques indiscriminados de Israel.
“Não há vida, não há nada,” disse.
“Juro por Deus, não conseguimos mais nem andar, estamos desorientados,”disse Anwar Muhammad Ibrahim Abu Dagga, acompanhada por sua família, já foi expulsa 4 vezes e relatou uma rotina de fome e exaustão. “As pessoas estão com fome, estão cansadas.”
O exército israelense está invadindo com tanques novamente a Faixa de Gaza. Segundo o ‘Monitor Euro-Mediterrânico dos Direitos Humanos’, nos últimos dias, a chacina contra palestinos se intensificou muito. Israel também está bloqueando a entrada de ajuda humanitária, eles assumiram o controle de todos os pontos de entrada a Gaza, incluindo a fronteira com o Egito e estão impendido que a entrada de qualquer ajuda significativa de alimentos e medicamentos.
Somente nas últimas 24 horas, os bombardeios israelenses mataram mais de 130 pessoas.
“Este aumento nos ataques letais é parte de uma escalada mais ampla dos militares israelenses, marcada por uma política de terra arrasada e pela destruição sistemática das áreas residenciais e infraestrutura remanescentes de Gaza,” comunicou o portal Euro-Med.
“A campanha em curso – agora em seu 19º mês – tem sido caracterizada por assassinatos em massa, fome forçada e o desmantelamento deliberado de sistemas de sustentação da vida, com o objetivo explícito de erradicar a população palestina em Gaza e eliminar qualquer possibilidade de retorno ou reconstrução.”
Procurado por cometer crimes de guerra e contra a humanidade, Benjamin Netanyahu, primeiro ministro do estado de apartheid de Israel, já havia anunciado seu plano, na segunda-feira, de tomar o controle de Gaza a força.
Com o apoio incondicional dos Estados Unidos, eles pretendem deslocar toda a população de Gaza para fora da região e anexar seu território.
“Estão literalmente forçando todos os moradores de Gaza a um campo de concentração no que costumava ser Rafah, no sul de Gaza, depois de destruí-lo. Agora planejam aniquilar Khan Younis,” disse a pesquisadora, Elia Ayoub, do Reino Unido.
“Nunca houve um genocídio tão completamente documentado quanto foi transmitido ao vivo diretamente para nossos celulares,” disse.
As forças de Israel já mataram mais de 53.000 pessoas, mais de 118.000 estão feridos com vários graus de mutilações e queimaduras, Gaza é o lugar com o maior número de crianças desmembradas graças aos bombardeios israelenses, mais de 14.000 pessoas estão desaparecidas.