
No mês as vendas caíram 0,2%, após queda de 0,4% em abril
As vendas no comércio varejista no país caíram 0,2% em maio frente a abril (-0,4%), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (8). Frente a maio de 2024, o volume de vendas do varejo cresceu 2,1%.
Na média móvel trimestral, as vendas do comércio ficaram praticamente estagnadas, ao variarem em alta de 0,1% no trimestre encerrado em maio. No acumulado do ano até maio, o varejo restrito registra alta de 2,2% e, em 12 meses, cresceu 3%.
Foi o segundo mês consecutivo de queda após alta de 0,8% em março. Segundo o gerente da Pesquisa Mensal de Comércio, Cristiano Santos, o recuo nas vendas do comércio está relacionado, por um lado, pelo “efeito base”, já que em março alcançou o topo da série histórica, e, por outro lado, pelo impacto dos juros altos do Banco Central (BC) sobre o setor.
“Para explicar essa retração dos últimos dois meses consecutivos do comércio varejista, um deles é o crédito da pessoa física, que caiu após uma sequência de altas na taxa básica de juros (Selic). O resultado no mês, dessa passagem no volume do crédito da pessoa física foi menor, diminuiu -3%”, destacou Santos.
Entre setembro de 2024 e junho de 2025, foram sete aumentos seguidos nos juros pelo Banco Central, com a Selic passando no período de 10,5% para 15%, e elevando os juros reais a cerca de 10%, entre os maiores do planeta, encarecendo o crédito, afastando investimentos e inibindo o consumo de bens e serviços no país.
Segundo o IBGE, no comércio varejista ampliado (que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, etc.) o volume de vendas cresceu apenas 0,3% em maio, após queda de -1,9% em abril.
No trimestre encerrado em maio, não houve crescimento (0,0%) nas vendas do comércio varejista ampliado. No ano, a modalidade encontra-se 1,1% em alta, e em 12 meses, aumentou 2,4%. Frente ao mesmo período de 2024, houve alta de 1,1%.
Entre a abril e maio de 2025, cinco das oito atividades do comércio varejista pesquisadas apresentaram taxas positivas de crescimento: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,0%), Móveis e eletrodomésticos (2,0%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,7%), Tecidos, vestuário e calçados (1,1%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%).
Registraram recuos em suas vendas: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,1%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,0%) e Combustíveis e lubrificantes (-1,7%).
No comércio varejista ampliado, as vendas de Veículos e motos, partes e peças cresceu 1,5%, enquanto em Material de Construção não houve crescimento (0,0%) na passagem de abril para maio de 2025.