
Queda nos preços da batata, óleo de soja, arroz, açúcar e leite integral contribuíram para as reduções observadas na maioria das cidades. O preço do café também recuou
O preço da cesta básica diminuiu em 11 capitais brasileiras e subiu em outras seis no mês de junho, mostrou a pesquisa mensal do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas) divulgada na terça-feira (8).
Em São Paulo, capital onde os preços do conjunto de alimentos básicos recuou 1,49% entre maio e junho, o custo da cesta básica ficou em R$ 882,76 – a maior do país. Em 12 meses, o preço da cesta subiu 6,01%.
Tomando como referência os preços da capital paulista, o Dieese calcula que um trabalhador que recebe um salário mínimo comprometeu, no mês passado, 62,87% de seus rendimentos apenas com a cesta básica.
Em seguida vem Florianópolis, onde a cesta, depois dos preços subirem 1,04% na comparação mensal, custava R$ 867,83. No Rio de Janeiro, o conjunto de alimentos básicos era de R$ 843,27 após recuo de 0,56% nos preços. Em Porto Alegre, onde houve aumento de 1,50%, a cesta básica custava R$ 831,37.
Também houve recuo nos preços em Aracaju (-3,84%), Belém (-2,39%), Goiânia (-1,90%), Natal (-1,25%), Belo Horizonte (-0,97%) e Salvador (-0,81%). Curitiba (-0,19%), Brasília (-0,13%) e João Pessoa (0,09%) tiveram recuos mínimos. A cesta ficou mais cara em Fortaleza (+0,91%), Campo Grande (+0,46%), Recife (+0,25%) e Vitória (+0,22%).
Queda nos preços da batata, óleo de soja, arroz, açúcar e leite integral contribuíram para as reduções observadas na maioria das cidades. O preço do café, com o início da colheita da safra 2025/2026, também recuou em 17 cidades, com destaque para Curitiba (-3,94%) e Aracaju (3,82%). Contudo, no acumulado de 12 meses, o preço do café aumentou em todas as cidades pesquisadas, com elevações entre 80,52%, em Fortaleza, e 116,75%, em Vitória, por exemplo.
Com base na cesta mais cara, que, em junho, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família, salário mínimo necessário deveria ter sido de R$ 7.416,07 ou 4,89 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.518,00, estima o Dieese.