
Os auditores-fiscais da Receita Federal aceitaram a proposta de 9% de reajuste salarial feita pelo governo, e encerraram a greve, que teve início há oito meses. Embora a paralisação estivesse suspensa desde junho por determinação do Superior Tribunal de Justiça, a categoria mantinha-se em estado de mobilização.
A decisão foi aprovada em assembleia virtual liderada pelo Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita (Sindifisco Nacional), e contou com a participação de 9 mil servidores. 64,5% votaram a favor do acordo com o Executivo, e 35,5% foram contrários. A proposta prevê que os auditores fiscais receberão um reajuste de 9% na remuneração básica a partir de abril de 2026.
A principal reivindicação dos auditores fiscais desde o início da greve sempre foi a recomposição salarial, ressaltando uma perda acumulada de 28% desde 2016.
Os auditores-fiscais não foram incluídos entre as carreiras contempladas com reajustes salariais no pacote de reestruturação promovido pelo governo federal em 2024, consolidado pela Medida Provisória 1286/24 e pelo Projeto de Lei 1466/25. A categoria teve regulamentado o Bônus de Eficiência e Produtividade, cujos efeitos passaram a valer em março deste ano, mas que decorre de acordo firmado ainda em 2016.
A greve, que começou em novembro do ano passado, impactou diversas áreas da Receita Federal como fiscalização tributária, arrecadação de tributos e controle aduaneiro.