
O governo da China repudiou a nova rodada de sanções impostas pela União Europeia à Rússia. O novo pacote de sanções – que revelam submissão à Otan e a Washington – inclui empresas chinesas e dois bancos chineses que os europeus dizem fazer negócios com os russos.
Os bancos, Banco Comercial Rural de Suifenhe e Banco Comercial Rural de Heihe, são dois bancos regionais chineses que ficam em cidades próximas da fronteira com a Rússia e agora estão sob sanção europeia no novo pacote de sanções que tem como objetivo de quebrar a economia russa.
As novas sanções podem provocar a retaliação por parte do governo chinês que tentou retirar seus bancos da lista de sanções europeias. Durante uma reunião com diplomatas da UE, o Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, avisou que haverá resposta pela sanções dos bancos.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, durante a coletiva de imprensa, na sexta-feira, expressou a oposição e insatisfação do governo chinês à medida.
“A China se opõe a sanções unilaterais que não têm base no direito internacional ou autorização do Conselho de Segurança da ONU,” disse.
Sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, Lin Jian, disse que a cooperação da China com a Rússia nunca ultrapassou os limites da legalidade e da soberania chinesa.
“A China nunca forneceu armas letais às partes em conflito e controla estritamente a exportação de artigos de uso duplo. Os intercâmbios normais e a cooperação entre empresas chinesas e russas não devem ser interrompidos ou afetados.”
“Pedimos à UE que pare de prejudicar os interesses legítimos das empresas chinesas na ausência de qualquer evidência que apoie suas reivindicações. A China fará o que for necessário para defender firmemente os direitos e interesses legítimos e legais das empresas chinesas,” completou.
Também sobre o conflito na Ucrânia, o porta-voz comunicou o compromisso da China em promover negociações de paz.