
Inflado pela bandeira tarifária vermelha, o preço da energia elétrica residencial subiu 3,01% na previa da inflação, divulgada pela IBGE
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) mostra que os preços das contas de energia seguiram pressionando para cima a inflação em julho deste ano, mês que variou em de alta de 0,33%, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em junho de 2025, o índice de prévia da inflação oficial do país havia ficado em alta de 0,26%. Em julho de 2024, a taxa foi de 0,30%.
Inflado pela bandeira tarifária vermelha, o preço da energia elétrica residencial subiu 3,01% e registrou o maior impacto no IPCA-15 de julho (0,12 ponto percentual (p.p). No final de junho, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) decidiu manter a bandeira tarifária vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$4,46 a cada 100kwh consumidos. No mês passado, a energia elétrica residencial havia variado 3,29% em alta.
Além disto, também ocorreram uma série de reajustes tarifários para cima em julho: 7,36% em Belo Horizonte (3,89%), a partir de 28 de maio; 14,19% em uma das concessionárias em Porto Alegre (5,07%), vigente desde 19 de junho; 1,97% em Curitiba (3,33%), em vigor desde 24 de junho; 13,97% em uma das concessionárias em São Paulo (6,10%), vigente desde 04 de julho.
Já boa notícia vem novamente dos preços dos alimentos, que recuaram -0,06% em julho, a segunda seguida (junho, recuo de 0,02%).
A deflação no mês foi puxada pela alimentação no domicílio, que obteve redução de 0,40% nos preços em julho, ante a variação de -0,24% observada em junho. Entre os itens que impactaram para redução, estão: batata-inglesa (-10,48%), cebola (-9,08%) e arroz (-2,69%). No lado das altas, destacou-se o tomate (6,39%), depois da queda de 7,24% no mês anterior.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, além da alimentação (-0,06%), dois registrar deflação no mês de julho (Artigos de residência, queda de -0,02%, e Vestuário, recuo de -0,10%); cinco tiveram alta no mês, ficando entre 0,11% de Comunicação e o 0,98% de Habitação; e um teve variação nula (Educação, 0,00%).
Com o resultado de julho, o IPCA-15 acumula alta de 3,40% entre janeiro e julho 2025, e nos últimos 12 meses até julho deste ano, de 5,30%
Resultados do IPCA-15 de julho, por grupos:
Alimentação e bebidas: -0,06%;
Habitação: 0,98%;
Artigos de residência: -0,02%;
Vestuário: -0,10%.
Transportes: 0,67%;
Saúde e cuidados pessoais: 0,21%;
Despesas pessoais: 0,25%;
Educação (0,00%);
Comunicação: 0,11%.