
Depois que o embaixador do Camboja na ONU pedir um cessar-fogo “mediato e incondicional” com a Tailândia na sexta-feira (25), quando o conflito entre os dois países havia entrado em seu segundo dia, o Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou uma reunião de emergência à porta fechada em Nova Iorque, informando que o primeiro-ministro do Camboja, Hun Manet, e o primeiro-ministro interino da Tailândia, Phumtham Wechayachai, chegarão à capital da Malásia, Kuala Lumpur, em 28 de julho para discutir o conflito entre os dois países, informou a agência de notícias estatal malaia Bernama, citando o ministro das Relações Exteriores, Mohamed Hasan.
“Tailândia e Camboja concordaram com a mediação da Malásia nas negociações como parte dos esforços para resolver a disputa de fronteira entre os dois países”, disse o Ministro.
O primeiro-ministro Hun Manet declarou que esta é “uma notícia positiva para os soldados e o povo de ambos os países”. “Este excelente resultado realmente ajudará a proteger as vidas de muitos soldados e civis que podem ter perdido suas vidas ou ficado feridos nos combates, e ajudará centenas de milhares de refugiados a retornarem às suas aldeias para continuar suas vidas diárias com segurança e paz”, enfatizou.
O conflito armado entre Tailândia e Camboja começou na manhã de quinta-feira (24) e até agora deixou ao menos 33 mortos e mais de 168.000 pessoas deslocadas*.
Os dois países compartilham uma fronteira de 800 quilômetros no Sudeste Asiático e, com frequência, enfrentam conflitos de baixa intensidade – normalmente sem uso de armas de fogo – pelo controle de áreas específicas. No entanto, as tensões se agravaram em maio, após a morte de um soldado cambojano na região de fronteira.