
No primeiro semestre de 2025, o Brasil criou 1.222.591 empregos com carteira assinada
Em junho de 2025, o Brasil gerou 166.621 postos de empregos com carteira assinada, informou o Ministério do Trabalho e Emprego, nesta segunda-feira (4). O saldo é resultado de 2.139.182 admissões contra 1.972.561 desligamentos. Em maio deste ano o país havia criado 153.184 postos.
Assim, o total de trabalhadores com carteira assinada no país chegou a 48.419.937 vínculos em junho de 2025, alta de 0,35% em relação ao estoque do mês anterior.
Do total de empregos criados no sexto mês de 2025, 75,8% foram vagas típicas (contratos formais tradicionais) e 24,2% vagas não típicas, como contratações por pessoas físicas equiparadas a empresas, CAEPF – Cadastro de Atividade Econômica da Pessoa Física (+14.758) – e trabalhadores temporários (+11.643).
Em junho deste ano, todos os cinco principais setores da economia obtiveram resultados positivos, com destaque para Serviços, com 77.057 novas vagas (+0,33%), seguido pelo Comércio, criou 32.938 empregos (+0,31%); Agropecuária, gerou 25.833 (+1,38%), a Indústria, criou 20.105 (+0,22%) – destes 17.421foram contratados pela indústria de transformação – e Construção, gerou 10.665 (+0,35%).
DESACELERAÇÃO
O emprego com carteira assinada recuou 19,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando houve a abertura líquida de 206.310 vagas. Outros recortes temporais também apontam que a criação de empregos formais vem diminuindo no país – um arrefecimento causado pelo alto nível da taxa de juros básica (Selic) do Banco Central (BC), hoje fixada pelo BC em 15% ao ano.
No primeiro semestre de 2025, o Brasil criou 1.222.591 postos de trabalho formal, resultado 6,8% mais baixo do verificado no mesmo período de 2024, época em que foram criados 1.311.751 postos.
Nos últimos 12 meses, até junho de 2025, foram gerados 1.590.911 empregos com carteira assinada. Número abaixo do registrado no período de julho de 2023 a junho de 2024, quando foram criados 1.735.145 postos.
Na última quarta-feira (30), o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC manteve o nível da Selic em 15%, com o fim de derrubar para baixo os indicadores econômicos e de geração de emprego, com o pretexto de estar combatendo a inflação.
Segundo o Copom, “o conjunto dos indicadores de atividade econômica tem apresentado, conforme esperado, certa moderação no crescimento, mas o mercado de trabalho ainda mostra dinamismo”.
SALÁRIO
O salário médio do novo emprego foi de R$ 2.278,37, o que corresponde a um aumento de R$ 24,48 (+1,09%) em relação a maio, quando o valor foi de R$ 2.253,89. Frente ao mesmo período do ano passado, o crescimento foi de R$ 28,76 (+1,28%).