
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou à Corregedoria Parlamentar as denúncias contra 14 deputados envolvidos no sequestro da Mesa Diretora da Casa.
São eles:
1) Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
2) Carlos Jordy (PL-RJ);
3) Nikolas Ferreira (PL-MG);
4) Allan Garcês (PP-MA);
5) Caroline de Toni (PL-SC);
6) Marco Feliciano (PL-SP);
7) Domingos Sávio (PL-MG);
8) Zé Trovão (PL-SC);
9) Bia Kicis (PL-DF);
10) Paulo Bilynskyj (PL-SP);
11) Marcos Pollon (PL-MS);
12) Julia Zanatta (PL-SC).
13) Zucco (PL- RS)
14) Marcel Van Hattem (Novo-RS)
A decisão foi tomada pela Mesa sob o comando do presidente da Casa, após os bolsonaristas terem se recusado a desocupar as cadeiras da Mesa Diretora, em particular a de Motta, durante a retomada dos trabalhos da Casa, na última quarta-feira (6).
O terrorismo da bancada bolsonarista foi para impor pautas do interesse de Jair Bolsonaro (PL), que teve a prisão domiciliar decretada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, na segunda-feira (4). Eles queriam pautar a anistia para os criminosos do 8 de janeiro, além é claro, para Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado.
Pretendiam que entrasse em votação, antes de quaisquer matérias, 3 medidas pró-impunidade de forma imediata: o projeto para anistiar os envolvidos no 8 de janeiro, a PEC (proposta de Emenda à Constituição) do fim do foro privilegiado e também pautar o impeachment de Moraes, no Senado Federal.
Dois dias depois da ocupação, na quarta-feira (5), Motta decidiu convocar sessão e ameaçou punir com suspensão de 6 meses qualquer deputado que insistisse no motim.
O presidente da Câmara defendeu a punição dos culpados pela baderna na Câmara. “Eu acho que deve ter punição, porque o que aconteceu realmente foi muito grave, até para que isso não volte a acontecer. Não podemos concordar com o que aconteceu, temos que ser pedagógicos nessa situação”, declarou.
“Era um precedente gravíssimo que se abriria: ir lá sentar na Mesa e dizer que só sai quando votar a pauta que aquele partido quer. Isso não está correto, isso não é aceitável e nós não vamos permitir”, continuou.
“Vamos continuar discutindo da forma como discutimos até hoje. Não haverá mudança do comportamento da Presidência, que é obedecendo ao Regimento, respeitando a maioria da Casa e respeitando o Colégio de Líderes, para que a pauta possa ser elaborada”, disse Motta.
Motta afirmou que a pauta do Plenário será definida na reunião de líderes da próxima terça-feira (12) pela manhã.
LULA
O presidente Lula defendeu a cassação do mandato dos deputados e senadores que impediram os trabalhos do Congresso.
No Acre, Lula se dirigiu ao senador Sérgio Petecão (PSD-AC) e pediu que ele não endossasse o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Quem deveria ter o impeachment são esses deputados e senadores que ficam tentando fazer greve para não permitir que funcione a Câmara e o Senado, verdadeiros traidores da pátria”, afirmou.
ALCKMIN
O vice-presidente Geraldo Alckmin também criticou a ocupação dos plenários da Câmara e do Senado. “O Parlamento é a casa de todos. O Executivo é quem ganhou. O Legislativo é de todos, participa quem ganhou, quem perdeu. É o pulmão da democracia. Não tem sentido que você não gostou de uma decisão que aliás é do Judiciário e impedir a Casa de funcionar”, declarou.