
Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo vão voltar a se reunir com Trump para conspirar contra os brasileiros
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ex-apresentador Paulo Figueiredo, neto de ditador, vão voltar a se reunir com o governo de Donald Trump para pedir mais sanções contra o Brasil e autoridades brasileiras.
Os dois prepararam um relatório vende-pátria para tentar mostrar aos norte-americanos que as sanções e taxações que foram aplicadas contra o Brasil têm, segundo eles, criado uma pressão positiva para Jair Bolsonaro, que tenta escapar da Justiça.
As reuniões devem começar nesta quarta-feira (13). Eduardo Bolsonaro publicou em suas redes sociais que está em Washington, capital dos EUA, e falou que, se for necessário, irá “queimar toda a floresta” (leia-se: arruinar o Brasil) pela impunidade de seu pai.
Eduardo está nos EUA desde março conspirando contra o Brasil.
Desde então, Donald Trump taxou em 50% produtos brasileiros e aplicou sanções econômicas, por meio da Lei Magnitsky, contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), numa inédita interferência absurda de um país contra os assuntos internos de outra nação.
Eduardo e Paulo Figueiredo agora querem que a Lei Magnitsky seja utilizada contra outros ministros da Corte. A intenção é mostrar que Donald Trump não vai recuar e vai continuar tentando interferir na política e no Judiciário brasileiros.
Os dois bolsonaristas prepararam um documento com suas falsificações expondo supostos efeitos “positivos” das sanções contra o Brasil e o ministro Alexandre de Moraes e a necessidade de aprofundamento das medidas.
A avaliação que será apresentada por eles é que, mesmo tendo levado Jair Bolsonaro à prisão domiciliar – uma vez que ele descumpriu medidas cautelares determinadas em razão de ter ajudado Eduardo a cometer crimes -, as medidas dos EUA geraram uma pressão favorável ao ex-presidente.
Eles vão mostrar reportagens que falam de supostos desconfortos e divisão entre os ministros do STF por conta das decisões de Alexandre de Moraes nos processos em que Jair Bolsonaro é réu.
Citados em reportagens por terem buscado Moraes para mostrar discordância acerca da prisão domiciliar determinada sem consulta aos colegas, o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, disse que “sempre mantém conversas amistosas com os colegas”, e o ministro Gilmar Mendes negou ter falado com Moraes sobre o assunto. As informações são de Malu Gaspar, do Globo.
Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo também vão mostrar aos membros do governo Trump o motim feito pelos parlamentares do PL, partido de Bolsonaro, na Câmara e no Senado atrasando a realização dos trabalhos. O motim acabou sem que os objetivos tenham sido alcançados e os parlamentares podem ser punidos.
Os bolsonaristas no Senado fazem pressão para que seja pautado o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, mas o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), falou que não vai tratar do tema.
A oposição diz que conseguiu 41 assinaturas no pedido, o que é suficiente para que ele seja pautado. Mas até agora não apresentaram o pedido. Para conseguir o impeachment de Moraes, eles precisariam de 54 votos.
O dossiê da traição de Eduardo e Paulo Figueiredo também traz dados de pesquisas feitas por uma empresa de reputação consolidada e tradição que mostram uma suposta divisão entre os brasileiros acerca das sanções contra Alexandre de Moraes.
Levantamentos feitos por empresas com maior credibilidade no mercado de pesquisas, como a PoderData, mostram que a maioria dos brasileiros responsabiliza Jair Bolsonaro pelas taxas aplicadas pelos EUA contra o Brasil.