
Presidente da Câmara enviou para o Conselho de Ética quatro pedidos de cassação contra Eduardo Bolsonaro
Lideranças dos partidos na Câmara dos Deputados pediram ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que sejam contabilizadas as faltas do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde fevereiro, podendo levar à perda do mandato.
Eduardo Bolsonaro poderá ser cassado quando suas faltas atingirem 33% das sessões ordinárias.
Quando viajou para os EUA, o deputado pediu uma licença de 120 dias, que se encerraram no fim de julho, momento em que, no papel, seu mandato voltou “ao normal”. Já foram registradas 8 faltas não justificadas.
Lideranças dos partidos do chamado “centrão” aconselharam Hugo Motta a agir com cautela, mas seguir as regras estabelecidas pela Constituição e pelo Código de Ética da Câmara.
A Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara tem até março de 2026 para apresentar o relatório da presença dos deputados nas sessões em 2025.
Eduardo Bolsonaro já falou que não vai voltar para o Brasil, mas também não renunciará ao cargo no Congresso Nacional.
Ele está atuando junto ao governo de Donald Trump para prejudicar o Brasil com sanções. Seu objetivo é atrapalhar o andamento do processo em que seu pai, Jair Bolsonaro, é réu no Supremo Tribunal Federal (STF).
MOTTA ACIONA CONSELHO DE ÉTICA
Hugo Motta enviou para o Conselho de Ética da Câmara quatro pedidos de cassação contra Eduardo Bolsonaro, feitos por parlamentares do PT e do PSol.
Os pedidos do PT apontam que Eduardo quebrou o decoro parlamentar ao atuar, no exterior, contra instituições e a economia brasileira.
O PSol acusa o bolsonarista de romper “com o exercício legítimo da representação política” ao pedir para autoridades dos Estados Unidos sanções econômicas contra o Brasil.
Eduardo Bolsonaro “se colocou como um agente contrário ao interesse nacional, atuando para constranger o Judiciário brasileiro e favorecer interesses pessoais e familiares”, diz a representação.