Membro de um dos governos mais corruptos da história, onde o presidente da República é acusado de ser o “chefe da quadrilha”, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, afirmou que “Comandantes de batalhão são sócios do crime organizado no Rio”. Sem tomar providência, Temer endossou o ministro.
O ministro da Justiça Torquato Jardim desrespeitou toda a categoria de policiais do Rio de Janeiro e afirmou que “Comandantes de batalhão são sócios do crime organizado no Rio”, ao Blog do Josias, no portal UOL, na última terça-feira (31).
Para o ministro, o assassinato do tenente-coronel Luiz Gustavo Teixeira, comandante do 3º Batalhão no Méier, não foi um crime comum. “Esse coronel foi executado, ninguém me convence que não foi acerto de contas”, disse o ministro, segundo o site.
Os PMs do Rio de Janeiro são os que mais morrem no país. Apenas neste ano, mais de 100 policiais foram assassinados por criminosos.
As declarações de Torquato geraram grande revolta no Rio de Janeiro. Um grupo foi até o quartel-general da corporação, no centro da capital fluminense, exigir uma resposta firme do comandante-geral, Wolney Dias. Alguns oficiais ameaçaram até entregar os postos.
Um grupo de 44 oficiais da turma do coronel Luiz Gustavo Lima Teixeira, vai pedir providências à Justiça e ao Ministério Público Federal contra o ministro. Os oficiais também vão acionar a Comissão de Ética da Presidência da República para apurar a conduta de Torquato no trato com autoridades do estado, além do desrespeito à família de Teixeira.
Apesar de diversos casos de policiais corruptos e envolvidos com o crime, a generalização de Torquato é um ataque a instituição e a categoria dos policiais, que também recebem um dos piores salários e condições de trabalho do país.
O ataque fica ainda mais absurdo vindo de um representante de um dos governos mais corruptos da história da República. Onde, o seu líder, Michel Temer, foi acusado de ser o “chefe da quadrilha”.