
Queda nos preços dos alimentos e firmeza no embate com tarifaço de Trump fortaleceram o presidente
A pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (20) mostra que a aprovação ao governo do presidente Lula subiu de 43% para 46%, enquanto a desaprovação recuou de 53% para 51%. É a menor diferença entre aprovação e desaprovação desde janeiro de 2025, quando havia empate técnico (49% contra 47%).
A pesquisa Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, foi realizada entre 13 e 17 de agosto, com nível de confiança de 95%. Felipe Nunes, diretor da Quaest, avaliou que a melhora no desempenho e Lula está ligado à queda nos preços dos alimentos e a resposta firme de Lula diante do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A diferença entre aprovação e desaprovação, que chegou a 17 pontos em maio (57% contra 40%), caiu para apenas 5 pontos. A avaliação positiva do governo Lula cresceu especialmente no Nordeste, onde subiu de 53% para 60%. No Centro-Oeste e Norte, o índice passou de 40% para 44%. Já no Sudeste, embora tenha havido melhora, a desaprovação ainda supera a aprovação: 55% contra 42%. No Sul, a desaprovação segue em 61%, enquanto a aprovação oscilou de 35% para 38%.
Na avaliação geral do governo, 31% classificaram a gestão Lula como positiva (eram 28% em junho), 39% como negativa (eram 40%) e 27% como regular. Entre os homens, a diferença negativa para Lula caiu nove pontos em relação ao mês anterior. Nas mulheres, o cenário é de empate técnico, com 48% de aprovação e 49% de desaprovação. Por faixa etária, a maior mudança ocorreu entre os brasileiros com 60 anos ou mais: 55% aprovam e 42% desaprovam. Entre jovens de 16 a 34 anos, a rejeição caiu de 58% para 54%, enquanto a aprovação subiu de 38% para 43%.
O governo melhorou sua avaliação entre pessoas com ensino fundamental completo ou menos, alcançando 56% de aprovação. Por outro lado, a rejeição avançou entre os que possuem ensino superior, chegando a 56%. Os mais pobres (até dois salários mínimos) ampliaram a aprovação de 46% para 55%, enquanto a desaprovação caiu de 49% para 40%. Já entre os mais ricos (acima de cinco salários mínimos), 60% seguem desaprovando a gestão.
No quesito religião, a pesquisa mostrou que os católicos voltaram a aprovar mais o governo: 54% contra 44%. Entre os evangélicos, 65% ainda desaprovam, embora tenha havido recuo em relação a julho (69%). O índice de aprovação entre beneficiários do Bolsa Família subiu de 50% para 60%, enquanto a desaprovação caiu de 45% para 37%. Entre os não beneficiários, 54% desaprovam e 43% aprovam.
O levantamento ouviu 2.004 pessoas presencialmente entre 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.