
Preços do arroz, feijão e café caíram na maioria das capitais
Em julho, o preço da cesta básica diminuiu em 15 capitais e aumentou em 12, informou a pesquisa mensal realizada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), divulgada na quarta-feira (20). Esta é a primeira edição da pesquisa que inclui todas as 26 capitais brasileiras e o Distrito Federal – até então, o levantamento era realizado em uma amostra de 17 capitais.
Dentre as capitais onde o conjunto de alimentos básicos subiu, estão Recife (2,8%), Maceió (2%), Aracaju (2%), João Pessoa (1,8%), Salvador (1,8%), Natal (1,4%) e São Luís (1,4%), todas no Nordeste. Na outra ponta, houve queda nos preços em Florianópolis (2,6%), Curitiba (2,4%), Rio de Janeiro (2,3%), Campo Grande (2,1%) e São Paulo (-1,91%).
Quedas nos preços do arroz, feijão e do café (após a disparada de preços para o mercado interno nos últimos meses) tiveram as maiores contribuições para a redução do custo da cesta na maior parte das capitais. A carne bovina foi em sentido oposto, com os preços contribuindo para os aumentos registrados especialmente no Nordeste.
Quando a pesquisa compara o preço da cesta em relação ao ano passado, houve alta de preços em todas as 17 capitais onde a pesquisa era realizada à época, com variações entre 2%, em Belém, e 19,5%, em Recife, em 12 meses. No acumulado do ano até julho, também foi registrado aumento em todas, com variações entre 0,3%, em Goiânia, e 11,4%, em Recife.
Cesta compromete mais de 60% do salário mínimo em São Paulo
A capital paulista continua apresentando a cesta mais cara do Brasil, onde, em julho, custava R$ 865,90 – valor que compromete 61,67% do salário mínimo líquido. Em seguida, aparece Florianópolis, onde a cesta custava R$ 844,89; Porto Alegre, R$ 830,41; Rio de Janeiro, R$ 823,59; e Cuiabá, R$ 813,48.
Com base na cesta mais cara que, em julho, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional de que o salário mínimo deveria ser suficiente para suprir as despesas de uma família, o Dieese estimou que o valor do salário mínimo necessário, no sétimo mês do ano, deveria ter sido R$ 7.274,43 ou 4,79 vezes o mínimo atual, de R$ 1.518.