
Espalharam fake news contra o principal banco público do país. Defensor de Felipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, recomendou que as pessoas tirem dinheiro e saiam do BB
O Banco do Brasil identificou que bolsonaristas, que já vinham se acumpliciando com Donald Trump, passaram a atacar o principal banco público do Brasil. A orquestração contra o BB se espalhou pela internet para causar prejuízos ao principal banco dos brasileiros.
Os criminosos e traidores da pátria usaram as redes sociais para tentar caluniar a instituição financeira que mais investe em projetos e na economia do país. Em nota, o BB informou que “acompanha o surgimento de publicações inverídicas e maliciosas que disseminam desinformação em redes sociais, com o objetivo de gerar pânico, e que vai tomar as providências legais cabíveis para proteger sua reputação, seus clientes e seus funcionários”.
Os bolsonaristas, que se juntaram a Trump em seus ataques ao PIX, agora espalharam fake news para difamar o Banco do brasil. “Quer um conselho? Quem tem conta no Banco do Brasil, cancele, tire dinheiro imediatamente”, afirmou o advogado Jeffrey Chiquini, que é defensor de Felipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro na Presidência da República.
Em ofício enviado à AGU (Advocacia-Geral da União) a presidente do BB, Tarciana Medeiros, solicita a adoção de medidas jurídicas cabíveis. Ela ressaltou que o movimento de desinformação mira comprometer o Estado de direito e a segurança jurídica. Integrantes do Judiciário aconselharam a dirigente do BB a acionar a Polícia Federal. O ataque bolsonarista envolve uma onda de boatos para influenciar clientes do banco a sacar o dinheiro depositado na instituição.
A presidente do BB espera uma punição rigorosa aos disseminadores de mentiras. “Ameaças direcionadas a minar recursos institucionalizados no Banco do Brasil, por intermédio da disseminação de fake news quanto à existência de sanções estrangeiras ou bloqueio de ativos de magistrados da Suprema Corte, comprometem a estabilidade da ordem econômica, financeira e social; comprometem o desenvolvimento econômico equilibrado do país”, afirma trecho de seu ofício.
O advogado bolsonarista citado acima seguiu espalhando mentiras e afirmou que o Banco do Brasil, um banco com controle estatal, acabará sendo punido pelos Estados Unidos por desrespeitar a Lei Magnitsky e atender o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino – que, nesta semana, explicitou em despacho que leis de outros países não têm validade no Brasil.
“O Banco do Brasil é 51% estatal, o Banco do Brasil vai cumprir a decisão do Flávio Dino e o Banco do Brasil vai ser sancionado pela Lei Magnitsky e vai ser desligado do sistema Swift global. Tirem imediatamente seu dinheiro do Banco do Brasil porque ele será sancionado, isso é uma certeza”, disse o provocador em seu canal.
A Lei Magnitsky é uma lei dos Estados Unidos que é usada para atingir países que não se submetem aos interesses americanos. Ela foi aplicada recentemente contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. A norma – que Flávio Dino garante que não vale no Brasil – impõe sanções financeiras, como congelamento de bens e proibição de negócios com cidadãos e empresas americanas, a estrangeiros acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos.
O advogado bolsonarista disse que não vê problema em atacar o BB. “A minha afirmação sobre ‘tirar dinheiro’ foi a respeito de retirar investimentos em ações, pois, em razão da insegurança jurídica, o investimento se tornaria imprevisível. Antecipei acertadamente o movimento do mercado que, inclusive, anunciou que as ações brasileiras despencaram em R$ 42 bilhões após os anúncios da imprensa. Um conselho de investimento em ações é legítimo — e todo investidor o faz”, disse.