
“O que se vê é o horror absurdo com mais de 220 jornalistas assassinados, somente entre os palestinos e, contando com os de outras nacionalidades, chega a 245, segundo dados da Federação Internacional de Jornalistas, em um massacre sem precedentes na história”, declarou o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP), Thiago Terj, em entrevista ao Hora do Povo, na qual convida a todos para um ato solidário aos jornalistas de Gaza, assassinados por Israel
Este é o cartaz da convocação:

Thiago prosseguiu esclarecendo que “mesmo nos conflitos onde milhões de pessoas morreram ao longo do Século XX, não há nada parecido com este morticínio de jornalistas”.
“Isso traz uma questão criminal óbvia”, acrescentou, “pois o governo de Israel mata jornalistas que estão identificados por dísticos em letras garrafais visíveis à distância: ‘PRESS’. Trata-se de uma identificação tradicional e mundialmente reconhecida”.
“Ao contrário de serem alvos de ataques mortais, os jornalistas sempre tiveram salvaguardas, para que possam cumprir sua missão que é a de contar o que acontece no terreno conflitado, especialmente quando o dano recai sobre civis, sobre a população sob ataque.
Então, quando jornalistas são alvo de ataque deliberado, como aconteceu esta semana em que cinco jornalistas morreram em um bombardeio, que segue um outro bombardeio em 10 de agosto que ceifou a vida de mais cinco colegas, fica evidente que não há erro, o governo de Israel tem o objetivo claro de censura, ou pior, de silenciamento pela morte e intimidação dos jornalistas.
A isso se agrega o fato de que Israel bloqueia a entrada de jornalistas de outros países na Faixa de Gaza.
O que fica claro é que este massacre exige atitude. Nisso se insere a manifestação de hoje, quando, em diálogo com a população, consigamos mostrar e conclamar a todos a também agirem, pois o que acontece em Gaza não pode ser normalizado, não pode ser esquecido”.
O presidente do SJSP concluiu com a conclamação: “A nossa luta é por dignidade, por justiça, por crescente solidariedade aos jornalistas e ao povo palestino”.
NATHANIEL BRAIA