
Livro-reportagem de Leonardo Wexell Severo denuncia a política de terrorismo de Estado do governo Netanyahu. Lançamento acontece a partir das 19h30 na Livraria Drummond, no Conjunto Nacional da Avenida Paulista
O jornalista Leonardo Wexell Severo lança nesta sexta-feira (12), às 19h30, o livro-reportagem “Guatemala e Palestina sob o tacão genocida de Israel – Uma história silenciada pela mídia hegemônica” (126 páginas, Editora Papiro, R$ 35.00).
Além de farto material recolhido na Guatemala em 2013 e 2024, e na Palestina em 2000 – quando entrevistou Yasser Arafat – e 2015, a obra traz análises e artigos recentes do autor, repórter internacional do jornal Hora do Povo e membro do Sindicato dos Escritores de São Paulo, “sobre o governo fascista de Benjamin Netanyahu e denuncia a sustentação política, econômica e militar através de Trump”.
“Neste livro, Leonardo traça um paralelo poderoso entre a tragédia da Palestina e a história de lutas e violências na Guatemala – dois territórios distintos, mas marcados por uma mesma ferida colonial: a dominação imperialista, a exploração dos corpos e da terra, o silenciamento das culturas originárias. Ele denuncia a cumplicidade de potências e transnacionais com projetos genocidas e aponta para a resistência viva de povos que se recusam a desaparecer”, apresenta Paulo Cannabrava Filho, editor da Diálogos do Sul.
Na avaliação de Cannabrava, “Leonardo escreve com a alma, com a convicção de quem viveu os fatos, conversou com as vítimas, andou os caminhos”. “Não é um jornalista de gabinete: é daqueles que sabem que a verdade precisa ser conquistada no campo de batalha da informação”. “E é por isso que este livro tem tanto valor – porque não se limita a relatar. Ele interpreta. Ele conecta. Ele convoca”, destaca o veterano combatente, um dos precursores da revista Cadernos do Terceiro Mundo.
Para Ualid Rabah, presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL), “ao explicitar o terrorismo de Estado e os banhos de sangue que sustentam nossa afirmação de que ‘os EUA são o novo III Reich e que o sionismo é o nazismo de nossos dias’, o livro de Leonardo Severo torna-se leitura indispensável”. “Esta importante obra, diante de tantos e tamanhos horrores, nos convoca a sermos companheiros de combate, generosos, coletivos, para a vitória da Humanidade. Uma contribuição impactante à causa da liberdade”, sublinha.
Dirigente da União Sindical de Trabalhadores da Guatemala (Unsitragua) e representante do país na Organização Internacional do Trabalho (OIT), Júlio Coj reconheceu a dedicação e o empenho do autor junto às comunidade indígenas e a todos os afetados pela ditadura militar no país. “Nas muitas décadas em que colabora com o movimento operário e popular latino-americano, se esforça para defender os direitos sociais e trabalhistas, bem como a integridade dos nossos povos”, destaca o sindicalista, reafirmando o papel “contundente de mobilização” do livro.
“Esta é história que nos une, da Guatemala à Palestina: o genocídio em curso contra nossos povos, bem como a memória das lutas pela vida e pelo direito ancestral de defendê-la. Esta é a denúncia deste livro do companheiro Leonardo Severo, que a mídia hegemônica tenta esconder”, explicou Raúl Nájera, dirigente da organização Filhos e Filhas pela Identidade e a Justiça contra o Esquecimento e o Silêncio (HIJOS) e pesquisador do Escritório de Direitos Humanos da Arquidiocese da Guatemala.
“CORAJOSO JORNALISTA INVESTIGATIVO”
Para Amyra El Khalili, professora economista palestino-brasileira e editora das redes Movimento Mulheres pela Paz na Palestina e Aliança de Redes de Cooperação Comunitária desde o Sul Global (RECOs), “o corajoso jornalista investigativo Leonardo Wexell Severo, gaúcho com a faca na bota, desafia o modus operandi da propaganda sionista, denunciando as práticas criminosas, cruéis e de assalto aos territórios indígenas na América Central”. É deste compromisso, aponta Amyra, que surge a relevância do lançamento deste livro-reportagem.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo alerta que o “pano de fundo da agressão sionista e imperialista é o belicismo, a agressão à autodeterminação e à liberdade dos povos”. “Ao resgatar a memória e a história de dois povos que jamais se dobraram a intervenções estrangeiras, o livro do Leonardo contribui para fortalecer a autoestima individual e coletiva, reforçando a luta por um mundo novo em que impere a convivência e o diálogo dos BRICs e não o confronto proposto pelos EUA”.
Na avaliação do presidente da CUT-SP, Raimundo Suzart, “é extremamente importante que a população tenha acesso à informação correta, pois não podemos ficar sujeitos às manipulações e mentiras dos grandes meios de comunicação”. “Daí, a relevância deste livro, que é um instrumento de denúncia, consciência e mobilização”, frisou. Suzart acredita que é fundamental deixar claro que “o que está havendo em Gaza é um genocídio, pois não há um enfrentamento entre governos, há um massacre da população civil, uma matança de inocentes, de mulheres e crianças que não têm como se defender”.
Conforme o editor de Internacional do Hora do Povo, Nathaniel Braia, “nestas páginas há o relato da agressão de Israel contra um povo em luta por seu próprio destino para se libertar dos algozes internos e externos. Uma descrição minuciosa de como o imperialismo norte-americano foi assessorado em sua macabra invasão contra as forças populares guatemaltecas”.
Nas palavras do histórico líder da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Moraes, “a defesa do povo palestino nesse momento de ataque extremo – genocídio – é a diferença entre ser humano ou meramente um autômato”.
“Mais do que nunca é hora de somar nossa solidariedade e mobilização para derrotar o genocídio praticado pelos sionistas”, concluiu Nilza Pereira, secretária geral da Intersindical, para quem “é preciso demover de uma vez por todas esses malditos que, como Hitler, só têm espalhado fome, medo e destruição”.
LANÇAMENTO – Sexta-feira, 12 de setembro, às 19h30, na Livraria Drummond, Avenida Paulista, 2073, Conjunto Nacional, em São Paulo-SP.