
Cinismo sem tamanho. Milhares de mulheres e crianças foram assassinadas pelos fascistas de Israel sem nenhum protesto do governador. Um fascista, pupilo de Trump, morre nos EUA e o bajulador se derrama em lágrimas e lamentações
O governador Tarcísio de Freitas, o mesmo que foi visto enrolado numa bandeira de Israel aplaudindo o regime assassino de Netanyahu no exato momento em que eram despejadas milhares de toneladas de bombas pelos fascistas israelenses sobre a cabeça de civis – na maioria mulheres e crianças – em Gaza, lamentou nesta quarta-feira (10) a morte de um fascista norte-americano, Charlie Kirk, ocorrida nos EUA. Uma seletividade no mínimo cínica, para não dizer criminosa do governador bolsonarista.
“Recebo com profunda tristeza a notícia da morte de Charlie Kirk, vítima de um atentado covarde, fruto da intolerância contra valores como o amor a Deus, à família e à liberdade”, escreveu o governador de São Paulo em uma rede social. Ou seja, nenhum protesto, nenhuma lágrima, nenhum pesar pelas milhares de mulheres e crianças assassinadas pelos fascistas israelenses nos últimos meses, mas muita indignação e “profunda tristeza” com a morte de um fascista – assassinado não se sabe por quem – nos EUA.
O sujeito, que levou um tiro certeiro no pescoço, parece, ao que tudo indica, tinha muitos inimigos dentro do país. Afinal, segundo a imprensa americana, ele era um trumpista de carteirinha, defensor da escravidão, da supremacia branca e dizia que negros são uma raça inferior. Segundo ele, os escravos foram da África para os Estados Unidos espontaneamente. Ele dizia também que a raça inferior estava fadada e deveria servir aos senhores brancos.
O apoiador de Trump era também um apologista do uso indiscriminado de armas de fogo e um crítico feroz das leis dos direitos civis, aprovadas nos EUA na década de 1960 contra o racismo. Ou seja, o cara não era flor que se cheire. Não por acaso, ele era um dos pupilos prediletos do chefete dos fascistas americanos, Donald Trump.
Pois é. Eis que o governador de São Paulo, o bolsonarista Tarcísio de Freitas, o mesmo que não disse palavra contra o fascista israelense, Benjamin Netanyahu e seus crimes, manifestou profundo pesar pela morte do tal fascista assassinado nos Estados Unidos.
Não se sabe ainda qual foi a causa dessa espécie de “acerto de contas” ocorrido entre bandidos no campo de guerra em que se transformou a violenta política nos Estados Unidos, mas o fato é que a lamentação de Tarcísio, mostrou uma seletividade no mínimo cínica sobre a situação. Ou seja, fascista mata, “tudo bem”. Ele até aplaude. Agora, quando um fascista morre, “ah, que horror”, chora o governador paulista.
Tarcísio também foi visto no dia 7 de Setembro – Dia da Independência – atacando o Brasil e a Justiça brasileira no ato na avenida Paulista. Um ato onde uma bandeira gigante dos Estados Unidos foi desfraldada em apoio ao agressor Donald Trump. O governador se juntou a uma extrema-direita entreguista, corrupta e puxa-saco de Donald Trump.
Os traidores da pátria, entre eles Tarcísio, aplaudiram Trump no exato momento em que o chefe da Casa Branca iniciava sua acintosa chantagem contra o Brasil. Eles bajularam o país agressor no mesmo momento em que Trump impunha sanções a empresas brasileiras, principalmente às de São Paulo, estado governado por Tarcísio. Como bem apontou o editorial do jornal “Estadão” de terça-feira (9), “Tarcísio ultrapassou o rubicão” ao bajular Trump no 7 de Setembro e apoiar os chefes bolsonaristas do golpe de estado.