
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que admitiu a trama golpista, disse que Alcolumbre vai se arrepender por ter feito a denúncia do sabotador
Primeiro o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, admitiu que houve a trama golpista. Aí, veio a pressão dos cúmplices contra ele, e Costa Neto inventou uma outra história qualquer. Agora, de ameaçado, ele passou a fazer ameaças.
Valdemar Costa Neto está chantageando o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). O chefe do Senado criticou da tribuna da Câmara Alta a sabotagem contra o Brasil feita diretamente dos Estados Unidos por Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, e um dos incentivadores do golpe.
Eduardo “‘bananinha”, como é conhecido nos meios políticos no Brasil, abandonou o mandato e foi para os Estados Unidos bajular o então presidente eleito do país, Donald Trump. Desde fevereiro deste ano ele está lá e, segundo ele, fruto de seu “trabalho”, Trump passou a agredir violentamente o Brasil.
Não só isso. Ele trabalhou ostensivamente para que autoridades do Brasil sofressem sanções e para que mais produtos brasileiros fossem sobretaxados pelos governo americano. Uma traição aberta aos interesses do Brasil. Davi Alcolumbre registrou, corretamente, que esta traição é inadmissível
“Não dá para eu ver, todos os dias, um deputado federal, do Brasil, eleito pelo povo de São Paulo, lá nos Estados Unidos, instigando um país contra o meu país. Nunca falei sobre isso, mas está na hora de começar a falar. Não dá para aceitar todas essas agressões calado”, afirmou o presidente do Senado, em discurso no plenário.
Depois do discurso, começaram as ameaças de Valdemar. Em entrevista para uma rádio de Minas, Costa Neto acusou Alcolumbre de trabalhar para o Supremo. “Davi Alcolumbre trabalha para o Supremo, não trabalha para nós. Mas vai pagar caro por causa disso. Vai pagar caro se ele não se comportar como tem de se comportar, como um presidente do Senado tem que se comportar”, disse o chefe do bando bolsonarista. O presidente do Senado evitou comentar os ataques do presidente do PL, mas interlocutores disseram que esse tipo de ameaça não funciona com o presidente do Senado.