
O fascista Bezalel Smotrich, ministro das Finanças do criminoso governo Netanyahu declara que “Gaza trará bonança imobiliária”
Coube ao ministro das Finanças da ditadura de Israel, Bezalel Smotrich, escancarar o real objetivo da limpeza étnica através do assassinato em massa e expulsão de milhões com a qual as SS de Netanyahu transformam a Faixa de Gaza em terra arrasada: assaltar o território palestino.
O fascista Smotrich expôs cinicamente seu plano insano, nesta quarta-feira (17): de que, com o mais hediondo massacre após a Segunda Guerra, Gaza se tornará uma “bonança imobiliária”.
Além dele, o famigerado fanático, também ministro da ditadura israelense, Ben-Gvir, já se apressou em reclamar o quinhão para o seu ministério, parte do território assaltado, segundo ele, será ocupado com residências para oficiais da Polícia hoje ocupados em reprimir manifestações contra a guerra e pela volta dos reféns detidos em Gaza.
O frenesi de roubo de terras regado a sangue palestino foi precedido pela gananciosa pretensão de Trump de construir em Gaza uma Riviera sobre cadáveres, claro com os EUA ocupando sua parte na terra arrasada banhada pelo Mediterrâneo.
Tais estúpidas declarações desmascaram as mentiras usadas por Netanyahu para pretextar o massacre a bombas de tiros que já ceifou a vida de mais de 65.000 palestinos, a maioria mulheres e crianças, de que os ataques são para obter “vitória total” sobre o Hamas e trazer os reféns – que na verdade coloca em risco – sob as bombas que os caças do extermínio fazem explodir a cada minuto nas noites de Gaza.
Para dar ideia de seriedade ao estúpido plano, Bezalel o expôs em palestra concedida a uma organização voltada para construção imobiliária, Merkaz Hanadlan.
Netanyahu, como era de se esperar, não questionou a esganada pretensão de Smotrich, que só empurrará Israel a afundar mais ainda no atoleiro moral que infla o ultraje do mundo inteiro.
O fato deste plano ensandecido estar sendo discutido com o Estados Unidos e de um ministro do atual governo tê-lo exibido como um “plano de negócios”, além de desmascarar os pretextos para aumentar os bombardeios e lançar ordens de deslocamento aos palestinos da cidade de Gaza, alerta para o perigo que um sinistro fascismo, movido por ambições colonialistas, siga dominando um exército armado de arsenal nuclear.
A Faixa de Gaza é palestina. É a região onde residem mais de dois milhões de seres humanos que aí nasceram, grande parte descendentes dos refugiados expulsos de suas cidades e aldeias durante a criminosa limpeza étnica perpetrada para implantar um Estado de maioria judaica no Oriente Médio, em terras palestinas. Crime hediondo que os donos da terra denominaram de Nakba (Catástrofe), apenas superada pelo implacável genocídio atual, dessa vez filmado, fotografado e televisionado apesar da tentativa de nublar a dimensão do crime com o assassinado de 250 jornalistas que transmitiam ao mundo os horrores do terrorismo israelense.
Em recente editorial, o jornal israelense Haaretz enfatiza que “qualquer palavrório envolvendo a ocupação de uma tal, densamente populada e empobrecida faixa de terra, para isso tornada imprópria para a habitação humana, varrendo-a sistematicamente de seus residentes para que israelenses e Americanos lucrem, é conversa criminosa que não tem espaço em nenhum país do mundo” e só serve para “mostrar a profundeza do atoleiro moral, político e legal no qual mergulhou Israel este atual governo de pesadelo”.
Ao final o editorial conclama: “Tudo isso deixa ainda mais clara a necessidade de acabar com a agressão. Até pessoas que ainda estavam hesitantes ou acreditavam nas mentiras do governo, precisam se levantar em uníssono para deter esta atrocidade com seus próprios corpos. Nenhuma bonança pode advir deste massacre, só crimes hediondos e desastres”.