
Greve geral foi convocada pelas centrais sindicais italianas. Trabalhadores dos portos de Gênova e Livorno participaram da greve
“O povo palestino continua a nos dar lições de dignidade e resistência”, declarou um dos líderes sindicais no porto de Gênova, durante o dia de greve realizado hoje (22) em solidariedade ao povo palestino.
A greve contra o genocídio criminoso de Israel exigiu também a suspensão de todo o comércio e embarque de produtos a Israel, especialmente de armamentos.
O movimento teve forte participação dos portuários de Gênova e Livorno e os trabalhadores do transporte também aderiram ao protesto.
Multidão de trabalhadores aos quais se uniram estudantes lotaram as principais cidades italianas sendo a manifestação de Roma a maior de todas com 100.000 nas ruas. A segunda maior participação popular no dia de hoje foi na cidade de Milão.
Entre as entidades que convocaram a greve destacamos a CGIL, a maior da Itália
“A greve está ocorrendo em resposta ao genocídio que ocorre na Faixa de Gaza, o bloqueio de ajuda humanitária pelas forças armadas israelenses e as ameaças contra a missão da Flotilha Sumud”, declarou o comunicado da central USB.
“A USB também denuncia a inércia do governo italiano e da União Europeia, que se recusam a impor sanções ao Estado de Israel e continuam a manter relações econômicas e institucionais apesar da gravidade da situação”, declarou o secretário geral da entidade, Guido Lutrario.

Trabalhadores marcham atrás de faixa que conclama “Contra o Genocídio bloqueamos tudo”, referindo-se ao bloqueio, principalmente da armamentos para as forças de extermínio de Israel
Dias antes da greve, no porto de Ravenna, do norte da Itália, foi impedido de atracar quando os portuários denunciaram que carregava explosivos para Israel. A iniciativa partiu do prefeito da cidade, Alessandro Barattoni.