
Revogou vistos do advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, e de cinco magistrados
O governo dos Estados Unidos revogou, na segunda-feira (22), o visto do advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, e outros cinco juízes em tentativa de interferir na soberania do Brasil.
Jorge Messias afirmou que as sanções são “totalmente incompatíveis com a pacífica e harmoniosa condução de relações diplomáticas e econômicas edificadas ao longo de 200 anos entre os dois países”.
“Diante desta agressão injusta, reafirmo meu integral compromisso com a independência constitucional do nosso Sistema de Justiça. Continuarei a desempenhar com vigor e consciência as minhas funções em nome e em favor do povo brasileiro”, disse o AGU em comunicado.
“Quando um Estado ataca um advogado por exercer a defesa de seu cliente, fica evidente que os princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito foram gravemente violados”, comentou.
No mesmo dia, o governo Trump anunciou sanções financeiras contra Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além de Jorge Messias, os EUA cancelaram o visto de entrada no país de:
* Airton Vieira, desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), ex-juiz instrutor de Moraes no STF;
* Benedito Gonçalves, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE);
* José Levi do Amaral, ex-AGU e ex-secretário-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na gestão de Moraes;
* Marco Antonio Martin Vargas, desembargador do TJ-SP e ex-juiz auxiliar de Moraes;
* Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, atual juiz auxiliar de Moraes.