
O Ministério da Defesa da Itália anuncia que enviou uma fragata para o local onde estão navegando as dezenas de barcos com tripulações de 44 países compondo a Flotilha Global Sumud que leva socorro humanitário em apoio aos palestinos que estão submetidos a genocídio e sob bombas e bloqueio.
Decisão foi seguida por anúncio de envio da embarcação militar pela Espanha.
Tripulantes da Flotilha denunciam que foram alvo de ataques a bombas nas proximidades dos barcos para aterrorizar os integrantes da missão, além de voos razantes de drones. Os ativistas afirmam que ouviram mais de dez esplosões durante a noite de terça-feira. Imagens compartilhadas pelos ativistas a bordo, mostram uma explosão em um dos navios que ainda estão em águas gregas.
A intenção flagrante de Israel é aterrorizar os ativistas que levam ajuda aos palestinos, fazendo-os voltarem.
A Flotilha está agora ainda em águas gregas, o que torna o ataque, além de intimidatório, crime pois viola as águas nacionais de outro país.
Os militares israelenses se negam a comentar sobre o ataque, enquanto que o governo de Netanyahu, ameaça a frota humanitária dizendo que ela é uma montagem do Hamas que, projetando sobre os outros os seus crimes, chama a Resistência Palestina de “terroristas”.
“Múltíplos drones, objetos não identificados atirados contra os barcos, comunicações bloqueadas e explosões relatadas por diversos barcos”, diz o comunicado da Flotilha. Até aqui não há registro de feridos.
“Estamos testemunhando estas operações de terror psicológico mas não nos intimidarão”, acrescenta o comunicado da missão.
Ao anunciar o envio da fragata, o ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, declarou que a medida visa “garantir a assistência aos cidadãos italianos na Flotilha. Falei com a primeiro-ministro para autorizar a imediata intervenção da fragata multi-propósito Fasan, que estava navegando o norte de Creta como parte a operação Mar Seguro”.
“O barco já está em rota para possíveis operações”, declarou Crossetto.
O ministro expressou sua “condenação ao ataque nos mais veementes termos” por “drones sem identificação de seus perpetradores”.
Já o ministro do Exterior, Antonio Tajani, informou que pediu ao governo de Israel que garanta a segurança dos “cidadãos italianos, incluindo membros do parlamento, junto com demais ativistas, incluindo palestinos”.
Tajani disse ainda que informou a Israel que “qualquer ação pelas forças israelenses deve ser conduzida em obediência à lei internacional e aos princípios do absoluto cuidado”.
O diplomata também “pediu à embaixada de seu país em Tel Aviv para reunir informação e reiterar seu pedido anterior ao governo de Israel que garanta a proteção absoluta do pessoal a bordo dos barcos da Flotilha”, diz o Ministério em comunicado.
ESPANHA ANUNCIA ENVIO DE NAVIO MILITAR PARA ACOMPANHAR A FLOTILHA
A Espanha acompanhou, na noite desta quarta-feira (24), o gesto da Itália e também anunciou o envio de uma embarcação militar para acompanhar a Flotilha. Pedro Sanchez, afirmou que o gesto é para, se necessário, nossos cidadãos sejam resgatados”.
“Eu quero deixar claro ao governo de Israel que a Espanha vai, evidentemente, proteger seus nacionais e o fará tanto diplomática como politicamente”, acrescentou.
Em uma arrogante postagem, o Ministério do Exterior de Israel afirma que o seu país “não permitirá a barcos entrarem na zona de combate ativo e não permitirá a quebra de um bloqueio naval legal”.
Disse ainda o representante do governo nazista de Israel que “se a frota não é provocativa, pode desembarcar sua carga em qualquer porto próximo a Gaza e nós nos encarregaremos de despachar a carga”. Como se não fosse exatamente o oposto que o governo de extermínio está fazendo.
“Ao reforçar o caráter pacífico e humanitário da flotilha, o Brasil insta, novamente, as autoridades israelenses a não realizar qualquer tipo de ação que ponha em risco a incolumidade dos civis e das embarcações,” comunicou o Itamaraty.
No total, 51 barcos fazem parte da Flotilha Global Sumud, com mais de 300 ativistas vindos de 44 países na flotilha que partiu em 31 de agosto de Barcelona, levando ajuda humanitária para Gaza.