
Depois de mais de uma semana em greve, os trabalhadores da construção civil de Belém (PA) aceitaram retornar ao trabalho após promessa do setor patronal de reajuste salarial.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário (STICMB), desde 16 de setembro “cerca de 5 mil operários aderiram à paralisação, que afetava obras do setor hoteleiro, da Vila COP 30 (onde chefes de estado devem ficar hospedados) e do Parque da Cidade”.
Além da paralisação, os trabalhadores fizeram diversos protestos e passeatas pelas ruas da capital paraense, que vai sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30) entre os dias 10 e 21 de novembro.
A decisão pelo fim da greve ocorreu em assembleia realizada na quarta-feira (24). Os trabalhadores aceitaram a proposta de 6,5% de reajuste salarial, cesta básica de R$ 160 e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) em duas parcelas de R$ 350, mesmo que menor do que a reivindicação inicial da categoria, que era de reajuste de 10,25%.
Para o coordenador-geral do sindicato, Ailson Cunha, “hoje foi um dia de vitória para os trabalhadores e trabalhadoras da construção civil de Belém. Só a luta muda a vida”, afirmou.
Os trabalhadores também conseguiram a manutenção de cláusulas sociais do acordo, reclassificação das trabalhadoras mulheres e que os salários sejam pagos no primeiro dia útil, e não mais no quinto.