
Representantes do Brasil na Conferência Anual da Plataforma Nuclear do BRICS, realizada na Rússia, defenderam, nesta sexta-feira (26) a expansão da energia nuclear, com uso de novas tecnologias, por meio da cooperação entre os países e financiamento do grupo.
O presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN), Celso Cunha, afirmou que o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) deve criar linhas de financiamento para os países membros desenvolverem seu setor de tecnologia nuclear como parte da transição energética. O NDB, conhecido como Banco do BRICS, é comandado pela ex-presidente Dilma Rousseff.
Celso Cunha destacou que os pequenos reatores modulares (SMRs) são uma alternativa importante dentro da energia nuclear por sua flexibilidade no uso, uma vez que podem ser instalados em locais onde não podem ser construídas usinas nucleares de grande porte.
A Conferência Anual da Plataforma Nuclear do BRICS ocorreu em Moscou, capital da Rússia, como parte da Semana Atômica Mundial (WAW).
Cunha disse que o encontro entre os países do BRICS “oferece uma oportunidade única de alinhar capacidades técnicas, industriais e apoio governamental. O Brasil está preparado para seguir contribuindo de forma decisiva nesse processo”.
O Brasil também foi representado por Leandro Xingó, diretor de Gestão da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), e pelo deputado Julio Lopes (PP-RJ), presidente da Frente Parlamentar Mista da Tecnologia e Atividades Nucleares.
O parlamentar escreveu em suas redes sociais que, na missão, buscou mostrar “compromisso do Brasil com a energia que vai transformar o futuro”. “A energia nuclear — sobretudo com os pequenos e micro-reatores — desponta como a maior força de inovação no mundo”, declarou.
O diretor-geral da Rosatom, estatal russa do setor nuclear, Alexey Likhachev, afirmou que “o BRICS é o coração do emergente sistema mundial multipolar. A plataforma nuclear do BRICS está em operação desde o ano passado. A plataforma nuclear do BRICS tem um futuro brilhante”.