O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, acusou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de fazer perseguição racial contra imigrantes latinos, referindo-se à repressão do governo federal americano contra imigrantes latinos na cidade de Chicago.
“Trump provocou uma guerra étnica nos Estados Unidos. Ele faz para os latino-americanos o mesmo que Hitler para os judeus,” postou o presidente colombiano no twitter.
No sábado, Trump, com a desculpa de “restaurar a ordem” pelas reações causadas das ações de sua gestapo da imigração, que fizeram prisões em massa de imigrantes, recentemente ordenou o envio de 400 membros da Guarda Nacional para reprimir manifestantes.
O governador de Illinois, J.B. Pritzker, indignado pelo tratamento dado contra civis desarmados, acusou os agentes de separar as crianças dos pais, prendê-las pelos pulsos com abraçadeiras de plástico e deixá-las em vãs escuras sem identificação por horas.
“Táticas de estilo militar nunca devem ser usadas em crianças em uma democracia em funcionamento,” disse Pritzker. “Isso não aconteceu em um país com um regime autoritário, aconteceu aqui em Chicago. Aconteceu nos Estados Unidos da América, um país que deveria ser um bastião de liberdade, esperança e os direitos do nosso povo garantidos pela Constituição”.
“É absolutamente ultrajante e antiamericano exigir que um governador envie tropas militares dentro de nossas próprias fronteiras e contra nossa vontade,” disse.
O prefeito de Chicago, Brandon Johnson, assinou uma ordem para que autoridades locais não cooperassem com as ações dos agentes federais.
“Vamos proteger a nossa Constituição. Vamos proteger a nossa cidade. E vamos proteger o nosso povo. Não queremos ver tanques em nossas ruas. Não queremos ver famílias destruídas,” disse o prefeito de Chicago.
Ataque contra prédio residencial
Uma das cenas mais brutais vindas de Chicano, nesta terça-feira, foi a invasão de agentes federais americanos armados contra uma prédio residencial de cinco andares em um bairro no sul de Chicago.
Apelidada de “Operação Midway Blitz”, os agentes federais realizaram uma perseguição militarizada semelhante a táticas usadas em intervenções imperialistas como no Iraque.
Os agentes americanos invadiram o prédio, arrombando portas e usando granadas de efeito moral contra a população civil. Separando adultos de crianças, realizando prisões, segundo testemunhas, dezenas de pessoas foram presas.
“Eles nos trataram como se fossemos nada”, disse Pertissue Fisher, moradora para a ABC7 Chicago. Ela disse que foi a primeira vez na vida dela que teve uma arma apontada para seu rosto e que foi algemada durante horas e liberada às 3 da manhã.
