É a menor taxa em sete meses seguidos de crescimento
O volume de serviços cresceu 0,1% em agosto, em comparação com julho (0,2%, dado revisado de 0,3%), segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta terça-feira (14). Apesar do fraco desempenho, o resultado de agosto renova o patamar recorde da série histórica da pesquisa.
Frente a agosto de 2024, na série sem ajuste sazonal, o volume de serviços subiu 2,5%. No ano, a alta é de 2,6%. Em 12 meses, subiu 3,1%.
Na passagem de julho para agosto deste ano, quatro das cinco atividades de serviços pesquisadas registraram crescimento, com destaque para os serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%); transportes (0,2%); serviços prestados às famílias (1,0%) e outros serviços (0,6%). No caminho inverso, ficou apenas serviços de informação e comunicação, ao apresentar retração de -0,5% no período, eliminando, integralmente, o ganho de julho (0,5%).
Os números positivos da Pesquisa de Serviços do oitavo mês de 2025 vêm a contragosto do Banco Central (BC), que via o aumento da taxa básica de juros (Selic), hoje fixada em 15% ao ano, busca derrubar os investimentos e o consumo de bens e serviços no país – o que afeta diretamente as atividades da indústria, comércio e serviços -, com o pretexto de estar combatendo a inflação.
A inflação no Brasil está controlada, mas segue sendo pressionada por fatores que a política monetária não alcança, como os preços administrados, caso das contas de energias que subiram 10,64% em 12 meses até setembro deste ano, um impacto de 0,44 p.p. no IPCA (indicador oficial de inflação do Brasil), que acumula alta de 5,17% no mesmo período .
De janeiro até setembro, o IPCA varia em alta de 3,64%, mesmo intervalo em que os preços de energia subiram 16,46%, por impacto das bandeiras tarifárias da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e da autorização por ela de novos aumentos tarifários.