Corte será de R$ 0,14 por litro nas refinarias, com o preço médio de R$ 2,71 para as distribuidoras
A Petrobrás reduziu o preço de venda da gasolina para os distribuidores em 4,9% nas refinarias. A medida, que passou a valer nesta terça-feira (21), reduz o preço médio do litro do combustível para R$ 2,71, uma queda de R$ 0,14.
Em junho, a estatal realizou a primeira redução de preço da gasolina do ano – com corte de R$ 0,17 por litro. De acordo com a Petrobrás, a redução acumulada no ano é de R$ 0,31 por litro – ou 10,3% no preço do combustível.
O percentual de redução não deve ser sentido direto pelos consumidores nas bombas, já que o preço final depende da cadeia e custos operacionais dos distribuidores. Em junho, quando a estatal reduziu a gasolina em R$ 0,17 por litro, o governo federal chegou a denunciar à ANP e Inmetro a não aplicação da redução dos preços pelos distribuidores aos consumidores, gerando uma “transmissão assimétrica de preços” no mercado.
Ainda segundo nota da Petrobrás, a companhia está mantendo “neste momento” os preços de venda do diesel para as distribuidoras, cujo preço foi reduzido três vezes este ano. Desde dezembro de 2022, a redução acumulada nos preços do diesel para as companhias distribuidoras, considerando a inflação, é de 35,9%.
INFLAÇÃO
O corte nos preços da gasolina, anunciado pela Petrobrás, levou a uma redução nas previsões para a inflação em 2025, com projeções de que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) feche o ano dentro da meta de 4,5% perseguida pelo governo. Estas previsões enfraquecem os pretextos usados pelo sistema financeiro e o Banco Central para manterem o juro elevado por período prolongado. A gasolina tem enorme peso individual no índice da inflação oficial e está à mercê dos preços internacionais do petróleo e do dólar. A redução da inflação tem relação com as quedas dos preços da gasolina e dólar e, portanto, não tem nada a ver com a taxa Selic, definida pelo BC.
“Além do efeito direto da gasolina, as coletas recentes de preços reforçam a tendência de revisões baixistas em alimentação no domicílio, com pouca pressão nos alimentos in natura, que costumam ter comportamento mais desfavorável no quarto trimestre”, disse a consultoria Asa à Folha de São Paulo.