Ministro ressaltou que outros países da região já exploram petróleo na faixa equatorial e que o povo brasileiro tem o direito de se beneficiar de suas riquezas
O ministro das Cidades, Jader Filho, reafirmou a capacidade técnica e excelência da Petrobrás para estudos e possível exploração do petróleo da chamada Margem Equatorial, localizada na bacia sedimentar da Foz do Amazonas.
Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação), na terça-feira (21), Jader registrou o histórico compromisso da estatal com questões ambientais, rebatendo as críticas daqueles que foram contra o aval do Ibama.
“É muito importante ter clareza de um detalhe: que a Petrobrás tem excelência na questão da exploração e que não tem um registro de qualquer evento que possa desabonar os técnicos, os profissionais da empresa”, disse o ministro, lembrando que o que está sendo discutido não é exploração, mas o estudo da bacia.
“Ninguém vai iniciar o processo de exploração neste momento. O que estamos fazendo é um processo de estudo para entender o que tem lá embaixo; e que reserva é essa a que o Brasil tem direito”, acrescentou.
Identificado como bloco FZA-M-59, a autorização para início da perfuração do poço para pesquisa exploratória foi concedida pelo Ibama na segunda-feira (20) após anos de análises. O poço em águas profundas do Amapá está localizado a 500 km da foz do rio Amazonas e 175 km da costa, na Margem Equatorial brasileira.
O ministro também lembrou que outros países da região já exploram petróleo na faixa equatorial e que o Brasil tem o direito de se beneficiar de suas riquezas.
“A gente não pode ter preconceito. Precisamos aprender, estudar, entender e ter responsabilidade com o meio ambiente. E a Petrobrás precisa dar segurança de que não haverá nenhum problema ecológico naquela região, a partir dessa exploração”, disse.
Ressaltando que a autorização é para estudos exploratórios, Jader afirmou que “a partir daí, sim, a gente toma todas as medidas corretas, se houver viabilidade, para fazermos a exploração, gerando emprego e renda, sempre com responsabilidade com o meio ambiente”.
A chamada Margem Equatorial vai da foz do Rio Oiapoque, no extremo norte do Amapá, até o litoral norte do Rio Grande do Norte e tem reservas potenciais estimadas em até 16 bilhões de barris de petróleo e possibilidade de produção de 1,1 milhão de barris por dia.
