Ele pediu um minuto de silêncio pelas vítimas do Rio: “policiais, moradores, por todos”. Ao assumir a Secretaria-Geral da Presidência, Boulos assinalou que Lula “não fala fino com os Estados Unidos”
O deputado Guilherme Boulos (PSol-SP) foi empossado como ministro da Secretaria-Geral da Presidência, na quarta-feira (29), e disse que tem orgulho de participar de um governo que tirou o Brasil do mapa da fome e “sabe que a cabeça do crime organizado deste país não está em um barraco em uma favela, mas na lavagem de dinheiro da Faria Lima”.
Boulos começou o seu discurso pedindo um minuto de silêncio “por todas as vítimas da operação no Rio de Janeiro, policiais, moradores, por todos”. A operação realizada a mando do governador Cláudio Castro (PL) resultou na morte de cerca de 130 pessoas, entre as quais 4 policiais.
Guilherme Boulos contou ter recebido de Lula a missão de “colocar o governo na rua, rodar todos os cantos desse país. Ouvir as pessoas, conversar olho no olho, ter a humildade de ouvir críticas e, ao mesmo tempo, apresentar o que o nosso governo tem feito pelo povo brasileiro”.
O novo ministro da Secretaria-Geral disse que vai dar “ainda mais voz aos trabalhadores deste país que não aguentam mais a escala 6×1”.
Por meio de suas redes sociais, o presidente Lula comentou que “Boulos chega ao governo com a missão de ampliar ainda mais o diálogo com os movimentos sociais. Tenho certeza de que ele continuará trabalhando pelos brasileiros e brasileiras como sempre fez em sua trajetória”.
Ele agradeceu ao ex-ministro da Secretaria-Geral, Márcio Macedo, “pela dedicação à participação social e pela missão cumprida” à frente do Ministério.
Guilherme Boulos destacou que o presidente Lula “não fala fino com os Estados Unidos e honra de verdade a nossa bandeira e soberania”, “diferente daqueles que, usando os símbolos nacionais durante anos, fizeram isso para esconder sua traição à pátria”.
“Nosso papel vai ser, também, expor a hipocrisia desses que dizem ser contra o sistema. Se são, por que não apoiam a nossa proposta de taxar bets e bilionários? Se defendem o povo, por que não vêm junto com a gente para acabar com a escala 6×1?”, questionou.
