Presidente voltou a defender mudança constitucional para dar mais eficácia no combate ao crime organizado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma cobrança enfática de uma ação coordenada entre o governo federal e o do Rio de Janeiro para combater o crime organizado, sem colocar em risco a vida de pessoas inocentes.
A declaração foi dada depois de uma reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin e diversos ministros sobre a tresloucada operação realizada pelo governo fluminense na última terça-feira (28), que deixou 121 mortos, sendo 4 profissionais da segurança pública.
Muitos dos que perderam a vida, sob o suposto envolvimento com as facções do crime organizado, ainda estão sendo reconhecidos e pela própria Polícia Civil do estado, a organização que esteve à frente do confronto, algo que está sendo questionado por organizações da sociedade civil, que reivindicam uma perícia independente, afinal, como saber o grau de envolvimento de cada dos mortos com as facções criminosas.
“Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco”, sentenciou Lula.
O presidente, em sua mensagem na rede X, também citou a operação coordenada pela Polícia Federal (PF), realizada no último mês de agosto, voltada ao combate à atuação do crime organizado, mais notadamente ao PCC (Primeiro Comando da Capital), na cadeia produtiva de combustíveis.
“Foi exatamente o que fizemos em agosto na maior operação contra o crime organizado da história do país, que chegou ao coração financeiro de uma grande quadrilha envolvida em venda de drogas, adulteração de combustível e lavagem de dinheiro”, prosseguiu o presidente.
Lula também defendeu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública que foi encaminhada ao Congresso Nacional no mês de abril deste ano. Segundo ele, com a mudança desse comando constitucional “vamos garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções criminosas”.
A PEC reforça a integração das forças de segurança nacionais com as que estão sob a responsabilidade dos governos estaduais, permitindo, com isso, mais efetividade no combate ao crime organizado e às diversas facções que atuam, principalmente, na prática do narcotráfico, no contrabando de armas, entre outras atividades ilícitas.
No entanto, tanto o governador Cláudio Castro (RJ), com outros de oposição ao governo federal, posicionaram-se, desde o início, contra a mudança constitucional, sob a justificativa de que os estados perderão autonomia com a aprovação da PEC, ignorando que novas modalidades de crime ganharam relevância e caráter nacional, exigindo mudanças legais que permitam garantir a eficácia na integração das forças de segurança da União com a dos estados.
A íntegra da mensagem do presidente Lula sobre o lamentável episódio é a seguinte:
“Me reuni hoje pela manhã com ministros do meu governo e determinei ao ministro da Justiça e ao diretor-geral da Polícia Federal que fossem ao Rio para encontro com o governador.
“Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo “, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco.
”Foi exatamente o que fizemos em agosto na maior operação contra o crime organizado da história do país, que chegou ao coração financeiro de uma grande quadrilha envolvida em venda de drogas, adulteração de combustível e lavagem de dinheiro.
“Com a aprovação da PEC da Segurança, que encaminhamos ao Congresso Nacional, vamos garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções
 
											
 
								
 
								








