Trump admite conspiração para derrubar Maduro

Ameaças de Trump revelam sua ganância pelo petróleo venezuelano, afirma Maduro

“Dias do presidente da Venezuela estão contados”, foi a ameaça mais recente de Trump contra Nicolás Maduro, neste domingo, dia 2.

O presidente norte-americano fez a criminosa declaração em uma entrevista ao canal CBS no momento em que os Estados Unidos enviam militares e navios ao Caribe, onde já executaram vários ataques contra embarcações a pretexto de que atuariam no tráfico de drogas – sem nenhuma prova -, ações que provocaram dezenas de mortes.

As forças armadas dos EUA realizaram mais um ataque contra uma embarcação no Mar do Caribe, assassinando os três tripulantes do navio, no sábado (1). A operação, confirmada pelo secretário de Defesa Pete Hegseth, ocorreu após uma série de outros 15 atentados que resultaram em pelo menos 65 mortes em águas internacionais, embora nenhuma evidência tenha sido apresentada para corroborar essas acusações.

“TOMAR O CONTROLE DO PETRÓLEO VENEZUELANO”

Nicolás Maduro afirmou que Washington usa o tráfico de drogas nos ataques como pretexto para “impor uma mudança de regime em Caracas e tomar o controle do petróleo venezuelano”.

Enquanto o governo Trump justifica a ofensiva militar como parte de uma “guerra contra as drogas” e afirma estar em “conflito armado” com os cartéis, sua versão é rejeitada pelas Nações Unidas, pelo presidente colombiano, Gustavo Petro, que vem denunciando a presença naval norte-americana na região como preparativos belicosos com base na ganância sobre o petróleo. A maioria dos governos latino-americanos, consideram os ataques violações do direito internacional.

Os bombardeios começaram em setembro e fazem parte de uma campanha militar lançada pelo Comando Sul, que inclui o envio de navios de guerra para o Caribe e aviões de combate para Porto Rico. O Pentágono reconheceu a destruição de pelo menos 16 embarcações, metade delas no Pacífico, em operações que visavam o que Washington chama de “atividades de narcotráfico” envolvendo navios pertencentes a diversos países da região, particularmente a Venezuela e Colômbia.

“EXECUÇÕES EXTRAJUDICIAIS”

Na última sexta-feira, após mais um ataque, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, afirmou que as pessoas a bordo dos barcos foram vítimas de “execuções extrajudiciais” e exigiu o fim imediato dos ataques. “Essas mortes não têm qualquer justificativa perante o direito internacional. Os Estados Unidos devem pôr um fim a elas”, advertiu Türk.

A organização também pediu uma investigação “rápida, independente e transparente” sobre cada um dos ataques.

De Caracas, o presidente venezuelano denunciou que a presença de navios e aeronaves dos EUA perto da costa do país representa “uma ameaça direta à soberania nacional”.

À medida que as críticas internacionais aumentam, os questionamentos também crescem no Congresso dos EUA. Um grupo de senadores democratas liderados por Jack Reed, principal membro do partido no comitê que supervisiona as forças armadas dos EUA, exigiu que o governo Trump divulgasse a base legal das operações e os critérios utilizados para selecionar os alvos. Em uma carta endereçada a Hegseth, ao Secretário de Estado Marco Rubio e à Diretora de Inteligência Nacional Tulsi Gabbard, os parlamentares alertaram que a Casa Branca só compartilhou informações “contraditórias e tendenciosas” até o momento e que o uso da força militar “sem autorização do Congresso” pode ser ilegal.

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