As centrais sindicais realizaram na manhã desta terça-feira (4) uma manifestação em frente ao Banco Central, na Avenida Paulista, cobrando a imediata queda da taxa básica dos juros, que atualmente está em 15%a.a. Segundo as centrais, os juros altos travam o crescimento econômico, dificultam a geração de empregos e aprofundam as desigualdades sociais no país.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, enfatizou que a política de juros praticada pelo Banco Central “é uma escolha política que serve aos rentistas e aos bancos, e não ao povo brasileiro”.
“O Brasil precisa crescer com inclusão, direitos, salários valorizados e participação ativa dos trabalhadores”, afirmou também o secretário-geral da CTB, Ronaldo Leite. “Somos a voz de milhões que pedem respeito e desenvolvimento”, destacou, afirmando ainda que “o Brasil precisa de crédito acessível e política monetária voltada ao desenvolvimento, com geração de empregos, soberania e crescimento sustentável para todos”.
Para o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, “juros menores fortalecem o consumo, impulsionam a produção industrial, ampliam oportunidades e garantem mais renda para milhões de trabalhadores brasileiros”. “O trabalhador quer viver com dignidade, não sobreviver endividado”, ressaltou o líder sindical.
Conforme afirmou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), “o Brasil precisa crescer com inclusão, direitos, salários valorizados e participação ativa dos trabalhadores”.
“Por que o financiamento no Brasil é tão caro? Por que quando um trabalhador financia um carro zero termina por pagar até dois ou três carros, mesmo tendo levado apenas um para a casa? E por que o nível da inadimplência é tão grande entre as famílias no país?”, questionou a vice-presidente da CUT e presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, respondendo em seguida: “É por causa da prática dos juros altos pelo sistema bancário brasileiro, induzido, em grande medida, pelo Banco Central, que mantém a Selic elevadíssima”, disse.
De acordo com Josimar Andrade, dirigente da UGT-SP, “o Brasil precisa investir na indústria, na renda e no trabalhador. Juros baixos significam oportunidade, prosperidade e esperança”, afirmou o sindicalista. “Só haverá desenvolvimento real com emprego, salários valorizados e crédito acessível para quem move este país”, acrescentou.
O presidente da CTB-SP, Renê Vicente, salientou que não existe justificativa econômica para a manutenção da taxa em patamar tão elevado.
“Não há inflação descontrolada, não há cenário de emergência. A única justificativa para manter a taxa em 15% são os interesses de quem lucra com dinheiro parado. Uma taxa tão alta prejudica a indústria, freia o consumo das famílias e compromete toda a economia. Não podemos permitir que os interesses dos grandes bancos estejam acima das necessidades do povo brasileiro”, ressaltou.
“Infelizmente, vivemos em um país onde a concentração de renda é brutal. O 1% mais rico tem renda média 36 vezes maior do que a dos 40% mais pobres, enquanto metade da população detém apenas 2% do patrimônio nacional. Essa política de juros altos favorece a especulação financeira e impede que o povo tenha acesso a trabalho e renda. Estamos lutando por um projeto nacional de desenvolvimento que valorize o trabalho, distribua renda e fortaleça a soberania nacional”, disse.











